O Brasil, apesar de sua vasta cobertura florestal, enfrenta desafios legais significativos no mercado de carbono.

A legislação atual impede que áreas protegidas por lei, como reservas legais, sejam usadas para a geração de créditos de carbono. A menos que sejam realizadas atividades específicas como manejo florestal ou que áreas adicionais sejam preservadas.

Isso cria um obstáculo para a expansão do mercado de carbono no país, limitando as oportunidades de monetizar a preservação ambiental.

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Desafios Legais no Mercado de Carbono Brasileiro

Essas restrições legislativas afetam diretamente a capacidade do Brasil de participar de maneira mais robusta no mercado global de carbono.

Um mercado que cresce exponencialmente à medida que países e empresas buscam maneiras de compensar suas emissões de gases de efeito estufa.

A criação de projetos de manejo sustentável e a revisão das leis ambientais são apontadas como medidas essenciais para que o Brasil possa aproveitar todo o seu potencial nesse mercado.

Além disso, a expansão do mercado de biocombustíveis é outra alternativa que pode ser explorada para aumentar a geração de créditos de carbono.

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O Papel do Projeto Mejuruá

Nesse contexto, o Projeto Mejuruá emerge como uma iniciativa estratégica.

Localizado na Amazônia, esta iniciativa da BR ARBO visa a preservação florestal e o manejo sustentável de recursos, comercializando créditos de carbono.

O Mejuruá atua em consonância com as exigências legais, enquanto promove o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades locais.

Essa abordagem pode servir como modelo para outros projetos no Brasil, demonstrando que é possível conciliar preservação ambiental com a participação ativa no mercado de carbono.

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Por Ana Carolina Ávila