A recente seca histórica que atinge a Amazônia está gerando sérios problemas para a geração de eletricidade, afetando diretamente o custo do óleo diesel utilizado nas usinas térmicas da região.
No Estado do Amazonas, onde 121 das 144 usinas em operação dependem de diesel e gás, a estiagem está elevando o preço do combustível devido às dificuldades de transporte.

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Impactos e Desafios da seca na Amazônia na geração de energia
A seca severa está diminuindo o nível dos rios, complicando a logística de transporte do diesel para as usinas térmicas que geram aproximadamente 1.800 megawatts de energia no estado.
A principal fornecedora de diesel na região, a Atem Distribuidora de Petróleo, anunciou que precisará aumentar o preço do combustível entre R$ 0,15 e R$ 0,90 por litro devido às dificuldades de transporte.
A empresa argumenta que a estiagem força o uso de balsas menores e mais caras para transportar o combustível.
As usinas térmicas no Amazonas enfrentam um custo adicional significativo, o que é particularmente problemático dado que cerca de R$ 12 bilhões são gastos anualmente para manter a geração de energia em sistemas isolados na região.
Esse custo é repassado aos consumidores por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que aparece na conta de luz de todos os brasileiros.
A seca também está afetando a capacidade das hidrelétricas na Amazônia, que enfrentam níveis extremamente baixos em seus reservatórios.
Hidrelétricas como Belo Monte e Santo Antônio estão operando com capacidade reduzida, produzindo apenas uma fração de sua capacidade plena
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Forma de conter a seca: Projeto Mejuruá
Este cenário evidencia a fragilidade do sistema energético na Amazônia e reforça a importância de iniciativas como o Projeto Mejuruá.
A iniciativa da BR ARBO foca no reflorestamento e na restauração de áreas degradadas, pode desempenhar um papel crucial na mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
A gestão sustentável das florestas e a restauração de ecossistemas são essenciais para garantir a resiliência ambiental e reduzir a pressão sobre os recursos naturais e o sistema energético da Amazônia.
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Por Ana Carolina Ávila