Recentemente, a Amazônia enfrenta um dilema crítico: conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico das comunidades locais.
Pesquisadores internacionais propõem uma solução inovadora que pode transformar a economia da região e garantir um futuro sustentável.
O estudo, publicado na Nature Ecology and Evolution, sugere a adoção de sociobioeconomias (SBEs) como modelo econômico para a Amazônia.

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Conceito de Sociobioeconomias e sua relevância para a Amazônia
As sociobioeconomias (SBEs) são estratégias que integram conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Este modelo promove o uso sustentável dos recursos naturais, respeitando a biodiversidade e apoiando as populações locais, especialmente as comunidades indígenas e tradicionais.
As SBEs incluem iniciativas como ecoturismo, manejo sustentável de produtos florestais não madeireiros e o desenvolvimento de cadeias produtivas baseadas na floresta.
Um exemplo bem-sucedido dessa abordagem é a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (COOPAVAM) no Mato Grosso.
Desde 2023, a UFMT, em colaboração com outras universidades, fortaleceu a cadeia de valor da castanha-do-Brasil, gerando emprego e renda para cerca de 400 pessoas.
A cooperativa coleta e processa castanhas, oferecendo um modelo que reduz a pressão sobre o desmatamento e valoriza a floresta.
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O Projeto Mejuruá e a Integração com as SBEs
A implementação de SBEs pode revolucionar a economia da Amazônia, promovendo um desenvolvimento que respeite e preserve a floresta.
No contexto dessa abordagem, o Projeto Mejuruá destaca-se como uma iniciativa alinhada com os princípios das sociobioeconomias.
A iniciativa da BR ARBO foca na restauração e conservação de áreas degradadas da Amazônia, enquanto apoia diretamente as comunidades locais.
Ao adotar práticas sustentáveis e promover a recuperação ambiental, o projeto contribui para a preservação da floresta e ajuda a fortalecer a economia regional.
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Por Ana Carolina Ávila