Apesar do crescimento consistente no longo prazo, a economia verde tem enfrentado volatilidade no curto prazo. As ações verdes, medidas pelo índice FTSE Environmental Opportunities All Share (EOAS), tiveram desempenho 3% inferior ao do FTSE Global All Cap Index no acumulado do ano.

No entanto, desde 2008, o desempenho acumulado dessas ações foi 59% superior, superando o índice de referência em 54% dos períodos anuais consecutivos e em 70% dos períodos de cinco anos.
Dentro da economia verde, gestão e eficiência energética se destacam como o maior subsetor, representando 46% do total.
Já o setor de energia renovável, embora tenha expandido sua capacidade instalada, enfrenta desafios de lucratividade, especialmente devido à volatilidade de preços, altas taxas de juros e incertezas políticas.
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O desempenho desse setor tende a acompanhar os ciclos do mercado: vai bem nos períodos de crescimento, mas sofre nas baixas, por conta de sua alta intensidade de capital e sensibilidade regulatória.
Um dos destaques positivos do relatório é a resiliência dos títulos verdes, cuja emissão alcançou US$ 572 bilhões em 2024, elevando o mercado total para US$ 2,9 trilhões. Os títulos corporativos responderam por quase dois terços desse volume.
Segundo análise da LSEG, mais de 25% dos recursos captados estão sendo direcionados à adaptação climática — uma prioridade crescente entre investidores e emissores, com foco em projetos capazes de enfrentar eventos climáticos extremos.
O financiamento para adaptação surge como novo motor da economia verde. Atualmente, 34% das empresas de grande e média capitalização relatam iniciativas de resiliência climática, como infraestrutura contra inundações, sistemas de alerta precoce e preparação para desastres.
O investimento público também tem crescido, passando de US$ 35 bilhões em 2018 para US$ 76 bilhões em 2022 — mas ainda aquém dos US$ 387 bilhões anuais estimados como necessários.
A Ásia lidera em receitas verdes globais (44%), enquanto mercados emergentes expandem mais rapidamente que os desenvolvidos. O protagonismo em capitalização de mercado, no entanto, segue com as Américas, especialmente em setores como veículos elétricos, baterias e construção sustentável.
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Br Arbo: Mercado de Carbono
Projetos como o Mejuruá, desenvolvido pela BR ARBO destacam o papel estratégico da conservação da floresta amazônica no cumprimento de metas de sustentabilidade. Ao preservar ecossistemas essenciais, essas iniciativas impulsionam o mercado global de créditos de carbono.