Recentemente, o mercado voluntário de carbono no Brasil enfrentou uma queda significativa de 89% nos créditos emitidos em 2023, conforme um estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Além disso, houve uma redução de 44% no volume de créditos aposentados em comparação com o recorde histórico de 2021.

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Desafios para o mercado voluntário de carbono

O estudo da FGV destaca a necessidade de assegurar que os créditos de carbono representem reduções reais, adicionais e permanentes nas emissões de gases de efeito estufa.

A falta de transparência e de orientação clara sobre a utilização desses créditos compromete a credibilidade do mercado voluntário de carbono no Brasil.

Em 2023, foram registrados pouco mais de dez projetos e emitidos 3,38 milhões de créditos de carbono.

As regiões Norte e Nordeste lideraram com o maior número de projetos, seguidas pelo Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Houve uma mudança na participação setorial, com a energia renovável representando 45% dos créditos emitidos, enquanto projetos de floresta e uso da terra diminuíram para 41%.

Estados como Mato Grosso, Amapá e Acre não emitiram créditos em 2023, cedendo espaço para Goiás e Rondônia.

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O Rio Grande do Sul e o Piauí, anteriormente grandes emissores de créditos, viram uma redução no número de projetos em andamento.

Fernanda Valente, pesquisadora do Centro de Bioeconomia da FGV e autora do estudo, enfatiza a necessidade de padronização e transparência no processo de emissão e verificação dos créditos de carbono.

Isso é crucial para enfrentar os desafios e garantir a eficácia do mercado voluntário no combate às emissões de gases de efeito estufa.

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BR ARBO está no mercado de carbono

A situação destacada pelo estudo da FGV apresenta desafios e oportunidades para empresas como a BR ARBO.

A padronização e a transparência são essenciais para restaurar a confiança no mercado voluntário de carbono.

Projetos como o Mejuruá, na floresta amazônica, estão demonstrando à frente dos demais nessa questão, garantindo créditos de alta integridade.

Empresas brasileiras envolvidas na gestão e comercialização de créditos de carbono, como a BR ARBO, podem liderar esses esforços. Garantindo que seus créditos atendam aos mais altos padrões de verificação e contribuam efetivamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

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Por Ana Carolina Ávila