Recentemente, os créditos de carbono foram considerados “ineficazes” pelo principal órgão de vigilância climática corporativa, a Science Based Targets Initiative (SBTi).
Créditos de carbono são usados para compensar emissões de gases de efeito estufa.
A organização, apoiada pela ONU e WWF, destacou que o uso desses créditos representa riscos claros para empresas que buscam atingir metas de zero líquido.
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Análise do SBTi sobre Créditos de Carbono
A SBTi revisou extensivamente a literatura de terceiros sobre créditos de carbono e concluiu que vários tipos são ineficazes para lidar com o aquecimento global.
As compensações, ao invés de incentivarem a redução real de emissões, podem dificultar a transformação necessária para alcançar zero líquido.
Críticos argumentam que os créditos de carbono permitem que as empresas continuem poluindo sem fazer mudanças significativas.
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A SBTi anteriormente exigia que empresas tomassem medidas para reduzir suas emissões antes de recorrer a compensações. No entanto, propostas recentes sinalizaram um possível relaxamento dessas regras, gerando preocupações e levando à renúncia do CEO da SBTi.
A decisão da SBTi de classificar os créditos de carbono como ineficazes reflete uma mudança significativa em sua abordagem. Reafirmando a necessidade de ações mais diretas na redução de emissões.
A organização planeja atualizar seus padrões corporativos de emissão líquida zero até o final de 2024, mantendo a orientação atual até lá.
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Contribuição dos créditos do Projeto Mejuruá
A ineficácia dos créditos de carbono também afeta projetos como o Mejuruá, que visa a restauração e conservação florestal na Amazônia.
O projeto da BR ARBO comercializa créditos de carbono que representam capturas reais de carbono, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas.
Contudo, a incerteza sobre a eficácia desse mercado afeta projetos com soluções eficientes para a problemática do clima.
A regulamentação efetiva do mercado de carbono é crucial para garantir que projetos como este possam contribuir efetivamente promovendo um desenvolvimento sustentável.
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Por Ana Carolina Ávila