Em 2023, temperaturas elevadas na Amazônia, chegando a 40,9°C, resultaram na morte de mais de 200 botos e tucuxis em Tefé (AM).
Este aquecimento excessivo das águas não apenas ameaçou a vida dos mamíferos aquáticos, mas também impactou gravemente as espécies de peixes, que são a principal fonte de proteína para a população local.
Durante a 5ª Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, especialistas destacaram os efeitos das mudanças climáticas na maior floresta tropical do planeta.

Enfatizando a necessidade de políticas públicas adaptativas e de mitigação dos riscos climáticos.
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Consequências do aquecimento das águas na Amazônia
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) relatou que, em um único dia, 70 botos morreram devido à temperatura extrema da água no Lago Tefé.
As análises descartaram doenças e toxicidade, concluindo que o calor foi a causa das mortes.
A situação crítica também afetou a navegação e isolou municípios, como Uarini, mostrando que a seca severa pode ser mais devastadora que inundações frequentes.
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O pesquisador Adalberto Val, do Instituto Nacional da Amazônia (INPA), destacou que cerca de 90% da proteína consumida pela população da bacia Amazônica vem dos peixes.
Ele alertou que a água mais quente, com menos oxigênio e mais ácida, especialmente no rio Negro, compromete a sobrevivência das espécies de peixes.
Estudos mostraram que a temperatura crítica para peixes de escama, como os do grupo Characidae, é de 32°C, e temperaturas acima de 40°C em 2023 resultaram na morte em massa desses peixes.
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Projeto Mejuruá atua na conservação da Amazônia
Essa crise hídrica na Amazônia sublinha a importância de projetos como o Mejuruá, que visam a restauração e conservação florestal.
A proteção dos ecossistemas aquáticos é essencial para manter a biodiversidade e garantir a segurança alimentar das comunidades locais.
O Projeto da BR ARBO pode desempenhar um papel crucial na redução da vulnerabilidade dessas áreas aos impactos das mudanças climáticas. Promovendo um desenvolvimento sustentável e resiliente.
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Por Ana Carolina Ávila