Recentemente, a cogeração de energia renovável a partir de biomassa está em discussão para ganhar uma metodologia brasileira que possibilite a emissão de créditos de carbono.
A Cogen e a Carbono Zero lideram um grupo de trabalho para definir uma metodologia que valorize a contribuição da cogeração para a descarbonização.
Newton Duarte, presidente da Cogen, destaca que o foco agora é medir e comercializar créditos de carbono, uma vez que a matriz elétrica do Brasil já é majoritariamente renovável.

A cogeração no Brasil, que é 70% renovável, oferece uma oportunidade única para contribuir significativamente para os objetivos climáticos. Especialmente em comparação com outros países onde a cogeração é majoritariamente fóssil.
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Desafios para a geração de créditos de carbono no Brasil
O grupo de trabalho também busca enfrentar os desafios de comprovação da adicionalidade dos créditos de carbono.
Eles estão empenhados em desenvolver metodologias robustas que possam ser monitoradas e certificadas, assegurando a integridade dos títulos emitidos. Este esforço é visto como uma estratégia para se antecipar a futuras exigências do mercado internacional, como as regulamentações da União Europeia.
A meta é apresentar essas novas metodologias na COP30, em 2025, fortalecendo a posição do Brasil na transição energética global.
Com a crescente pressão por sustentabilidade nas cadeias de suprimentos, iniciativas como essa são cruciais para consolidar o papel do Brasil como líder na descarbonização e na produção de energia renovável.
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BR ARBO e a contribuição para a Bioeconomia
Essa iniciativa é fundamental para o avanço da bioeconomia no Brasil, ao criar incentivos econômicos para práticas sustentáveis e valorização de recursos renováveis.
Alinhando o setor energético com as metas globais de redução de emissões e sustentabilidade.
O Brasil, também se destaca na comercialização de créditos de carbono florestais. A BR ARBO, em conjunto com o empresário Gaetano Buglisi, realizam um projeto de reflorestamento na Amazônia.
O projeto Mejuruá contribui para a formalização da bioeconomia no país.
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Por Ana Carolina Ávila