Recentemente o Zimbábue anunciou uma mudança histórica a criação de um mercado de créditos de carbono baseado em blockchain.

A nova Autoridade de Gestão do Mercado de Carbono (ZCMA) foi lançada com um arcabouço regulatório completo, com o objetivo de acabar com a opacidade que assombrou o setor por anos.
É como se cada crédito de carbono será rastreável, inviolável e transparente, graças à tecnologia de registros imutáveis.
A ZCMA assumirá a fiscalização de novos projetos, emitindo licenças e validando operações com base em critérios ambientais rigorosos. Supervisionado pelo Ministério do Meio Ambiente, o modelo é visto como um divisor de águas para restaurar a confiança dos investidores, após escândalos anteriores de compensações mal fiscalizadas.
A infraestrutura blockchain garante três pilares: transparência total dos créditos, liquidação em tempo real de contratos e verificação instantânea para compradores e reguladores.
Esse salto coloca o Zimbábue em posição de liderança continental, logo atrás do Quênia e do Gabão em emissão de créditos de carbono.
A RippleNami, empresa de tecnologia da Califórnia envolvida na iniciativa, acredita que o exemplo do país poderá desencadear um efeito dominó em outras economias africanas.
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E o blockchain não para por aí por exemplo, o governo também lançou uma moeda digital lastreada em ouro e está explorando, com apoio da Nvidia, a criação da primeira fábrica africana de inteligência artificial.
Enquanto isso, o blockchain começa a ganhar espaço também na indústria global de alimentos. Um estudo recente do Conselho Norueguês de Frutos do Mar revelou que quase 90% dos consumidores querem rastrear a origem de seus peixes por QR Code.
Iniciativas como IBM Food Trust e Provenance já mostram como essa transparência pode combater fraudes e elevar padrões éticos nas cadeias de suprimento.
Essa revolução digital ganha tração com a convergência de tecnologias como IA e IoT, que prometem detectar fraudes e ineficiências em segundos. Com moedas digitais viabilizando o fracionamento de ativos ambientais e iniciativas como a FAIRR investindo bilhões em rastreabilidade, o futuro próximo será de validação instantânea.
No Zimbábue e além, cada transação, crédito de carbono ou peixe vendido poderá ser verificado com um simples clique — sinal de um mundo onde confiança e dados caminham juntos.
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Mercado de Carbono: Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá BR ARBO mostra como estratégias de conservação florestal na Amazônia podem atuar como ferramentas eficazes para o alcance de objetivos sustentáveis globais. Além de preservar a biodiversidade, o projeto contribui para o fortalecimento do mercado internacional de carbono.