O termo “savanização” tem sido amplamente utilizado para descrever o possível colapso da Amazônia, onde, sob o impacto do desmatamento e das mudanças climáticas.
A savanização seria o processo da floresta tropical se transformaria em uma vegetação semelhante ao Cerrado, a savana brasileira.
No entanto, essa expressão tem sido criticada por cientistas, que argumentam que ela perpetua preconceitos contra o Cerrado e não reflete com precisão as mudanças ambientais ocorridas.
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Críticas ao Termo “Savanização” pelos Cientistas
Em artigo publicado na revista Perspectives in Ecology Conservation, pesquisadores de diversas instituições destacaram que a “savanização” é frequentemente associada a florestas desmatadas ou degradadas.
Eles afirmam que essa comparação desvaloriza o Cerrado, que é a maior e mais rica savana do mundo. Entretanto, recebe menos atenção e recursos para a conservação, apesar de ocupar um quarto do território brasileiro.
Os cientistas propõem o abandono do termo “savanização da Amazônia”, pois ele não descreve com precisão a degradação da floresta amazônica.
Uma vez que resultaria em uma vegetação empobrecida, incapaz de manter a biodiversidade e regular o clima, características essenciais tanto do Cerrado quanto da Amazônia.
Além disso, a expressão ignora as peculiaridades do Cerrado, que, apesar de ser uma savana, possui uma biodiversidade rica e desempenha um papel crucial na manutenção dos serviços ecossistêmicos.
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Relação da Amazônia com o Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, que visa à restauração florestal e à promoção de práticas sustentáveis na Amazônia, alinha-se com as preocupações dos cientistas em relação à preservação dos biomas brasileiros.
A iniciativa contribui para evitar que a Amazônia atinja o “ponto de não retorno”. Ao mesmo tempo promove uma visão mais respeitosa e consciente sobre os diferentes biomas, incluindo o Cerrado.
A ação da BR ARBO, também fortalece a conscientização sobre a importância de todos os ecossistemas brasileiros, evitando comparações prejudiciais e incorretas entre eles.
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Por Ana Carolina Ávila