A startup de restauração florestal Biomas anunciou hoje o início de seu primeiro projeto. Com o apoio de seis grandes empresas brasileiras, a iniciativa marca a estreia da startup no campo, com foco no reflorestamento de 1.200 hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia.

A estreia acontece quase dois anos e meio após o anúncio da criação da empresa, feito durante a COP27, no Egito. O projeto terá um investimento inicial de R$ 55 milhões, completamente financiado com recursos próprios da startup.
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Dessa forma, as ações de reflorestamento serão conduzidas em áreas cedidas pela Veracel Celulose, cuja controladora inclui a Suzano, uma das sócias da Biomas. A Veracel disponibilizou as terras em modelo de parceria, garantindo participação futura nas receitas obtidas com a comercialização de créditos de carbono gerados pelo projeto.
“Essa conexão tem um impacto grande na biodiversidade. Essa região, que inclui o sul da Bahia e o norte de Minas Gerais, é considerada um hotspot, com muitas espécies endêmicas”, afirma Caio Zanardo, presidente da Veracel.
Nesse sentido, para entendermos mais afundo o projeto é dividido em etapas. Os cinco primeiros anos após o plantio são os mais intensivos, focando no manejo e na manutenção das áreas reflorestadas, garantindo o estabelecimento e a sobrevivência das árvores.
Dessa forma, a partir desse momento que a floresta começam a gerar os primeiros créditos de carbono, que podem ser comercializados no mercado voluntário ou regulado. Infelizmente, há muitas dificuldades que precisam ser enfrentadas como a extensão limitada e a dificuldade de achar terras sem problemas de titularidade.
Ademais a imprevisibilidade do preço do carbono e a obtenção de financiamento e garantias para esses empréstimos se fazem presentes nesses impasses. Além de existirem riscos relacionados à credibilidade do mercado de carbono baseado em soluções naturais.
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Br Arbo: Compromisso com o mercado carbono
Nesse ínterim, é valido analisar que Projetos como Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem metas sustentáveis e contribuem para o mercado de créditos de carbono global ao preservar ecossistemas, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Por Camila Dutra