O Japão se posicionou como modelo em investimentos verdes e transição climática, adotando padrões rígidos em relação aos princípios ESG (ambiental, social e de governança).

Em fevereiro de 2024, a nação emitiu seus primeiros títulos soberanos de transição climática, conhecidos como títulos GX, arrecadando cerca de US$ 680 milhões.

Estes títulos visam apoiar financeiramente projetos de descarbonização, principalmente em setores difíceis de reduzir as emissões, alinhando-se com as metas do Acordo de Paris.

Com isso em mente, o governo japonês planeja novas emissões em 2025, destacando seu compromisso com a sustentabilidade futura, fomentando os mercados que envolvem o ESG.

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Enquanto isso, os Estados Unidos enfrentam um cenário de resistência política e desafios legais que impedem o avanço de iniciativas verdes, com argumentos de que os investimentos ESG comprometem os objetivos financeiros em prol de questões políticas.

Com alguns estados adotando medidas que limitam o uso de critérios ESG, as empresas americanas enfrentam um ambiente burocrático desafiados, diminuindo os investimentos em projetos sustentáveis.

Em contrapartida, a adoção de metodologias pragmáticas e ambiciosas do Japão o alinham com a União Europeia, onde o ESG também é central nas regulamentações, como a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD).

Assim, a nação continua a ser um modelo de práticas sustentáveis, com planos de ampliar a emissão de títulos GX e fomentar a participação do setor privado em financiamentos verdes.

Portanto, as ações do país pode posicioná-lo como protagonista global na transição verde, apesar da turbulência em outros mercados, principalmente nos Estados Unidos.

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Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental. 

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi