Recentemente, o Brasil concluiu os primeiros 12 anos de um estudo pioneiro sobre sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
O sistema foi conduzido pela Embrapa Agrossilvipastoril em Sinop, Mato Grosso.
Este estudo foi realizado em uma área de 72 hectares, onde se produzem madeira, carne e grãos.
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Principais Resultados da pesquisa
O Efeito de Borda é quando árvores externas ou mais altas, que recebem mais luz, água e nutrientes, apresentaram maior crescimento e acúmulo de carbono.
Esse efeito favoreceu o crescimento das árvores e o acúmulo de carbono, que foi maior do que em sistemas de monocultura.
O Acúmulo de Carbono notou-se que o sistema ILPF armazenou mais carbono nas árvores em comparação à monocultura, com um acúmulo de mais de 30 kg/ano por indivíduo, superior aos cerca de 20 kg/ano por árvore em monocultura.
As árvores no sistema ILPF também deixaram um grande volume de carbono na área na forma de folhas, galhos, serrapilheira e matéria orgânica.
A definição do desenho das árvores no sistema produtivo depende dos objetivos do produtor, seja para adicionar ou substituir renda.
O sistema ILPF começou com renques triplos de árvores e, após o corte das linhas laterais, passou a ter renque simples, acumulando mais carbono.
O corte raso dos eucaliptos após 12 anos marcou o fim do primeiro ciclo do experimento, permitindo a avaliação global juntamente com a pecuária de corte e a produção de grãos.
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Novos Desafios e Perspectivas do ILPF
Um novo ciclo de trabalho começará na próxima estação chuvosa, desta vez incluindo a teca como componente arbóreo do sistema, além do eucalipto.
A ideia é que a teca, que perde suas folhas no período seco, reduza a sombra para os animais, enquanto o eucalipto contribua para o conforto térmico e a escalonamento das receitas obtidas com as árvores.
Este estudo mostra a importância do manejo otimizado para maximizar tanto a renda quanto o acúmulo de carbono nas árvores, destacando-se como uma tecnologia avançada de captura e estocagem de carbono.
A pesquisa traz embasamento para práticas sustentáveis em áreas agrícolas e florestais, com potencial para ser replicada em outras regiões do “Global South”.
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Projeto Mejuruá da BR ARBO
Paralelamente a esses avanços, a BR ARBO está desenvolvendo o projeto Mejuruá, focado em sistemas de manejo sustentável na Amazônia.
Este projeto visa implementar práticas de manejo florestal que promovem tanto a geração de renda para as comunidades locais quanto o aumento da captura de carbono pelas árvores.
Utilizando técnicas baseadas em ciência e alinhadas com os resultados de estudos como o da Embrapa, o projeto Mejuruá busca criar um modelo replicável de sustentabilidade e conservação.
Contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade na região.
Por Ana Carolina Ávila