Nos últimos 15 anos os títulos sustentáveis têm ganhado destaque no cenário financeiro global, e uma coisa que vem chamando atenção é a América Latina e o Caribe, que cada vez mais assumem um papel de crescente relevância nesse mercado.
O que são títulos sustentáveis?
Em conversa com a revista Exame, Frederic de Mariz , que é um executivo responsável pela área de ESG na América Latina do UBS BB Investment Bank e integrante do conselho de sustentabilidade da Wickbold & Nosso Pão ele detalha as duas principais modalidades de títulos de dívida com foco ambiental, social e de governança (ESG).
Segundo ele, o ponto de partida para as empresas é definir se os recursos obtidos com a emissão serão direcionados a iniciativas específicas ou vinculados a metas sustentáveis de desempenho corporativo.Na primeira modalidade, os fundos arrecadados são aplicados diretamente em ações de impacto positivo ambientais, sociais ou de transição ecológica.
Ademais na segunda opção, apontada por ele, os valores permanecem disponíveis para uso geral, mas a companhia se compromete com metas claras de sustentabilidade. Se esses objetivos não forem alcançados dentro do prazo estabelecido, podem ocorrer alterações nas condições do título, como o aumento da taxa de juros.
Mariz enfatiza que não há um modelo universalmente superior, e sim, uma melhor escolha depende do estágio em que a organização se encontra em sua jornada ESG e de suas prioridades financeiras no momento da emissão.
O Mercado caribenho e americano
Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o mercado de finanças sustentáveis na América Latina e no Caribe continua em processo de amadurecimento e expansão.
A sustentabilidade ambiental lidera entre os tipos de financiamento, representando 35% do total de títulos emitidos com selo sustentável.Sendo assim, cada vez mais fica fácil de transicionarmos para uma economia mais verde.
“O tema de transição tem ganhado muita atenção. Se a gestora ou o investidor focar apenas nas melhores empresas, eles acabam tendo um universo de investimento menor, o que pode impactar o retorno financeiro potencial. Focar em empresas que estão com plano de transição ou adaptação pode ser uma forma de capturar alpha e ter um impacto maior.Acredito que padronização e inovação são duas tendências fortes no curto prazo para o ESG. Padronização de relatórios e de taxonomias ajudarão empresas a ajustar suas práticas e comunicar sobre seu impacto verdadeiro. Inovação sempre foi um foco de instituições financeira”, afirmou Frederic de Mariz, head de ESG na América Latina .
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Br Arbo contribuindo para o mercado global de créditos de carbono
Nesse ínterim, é valido analisar que Projetos como Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem metas sustentáveis e contribuem para o mercado de créditos de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente como a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
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