Recentemente, o Tesouro Nacional anunciou o primeiro leilão de uma linha de crédito verde subsidiada voltada para o financiamento de projetos de economia verde, marcando um passo importante no programa EcoInvest.
Esse programa, criado no primeiro semestre de 2024, busca atrair capital privado internacional para financiar a transição do Brasil para uma economia de baixo carbono.
Os bancos interessados têm até 11 de outubro para fazerem suas ofertas, com lances mínimos de R$ 100 milhões.

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Blended Finance e Critérios de Seleção para crédito verde
A modalidade escolhida para este leilão é o blended finance, onde o capital filantrópico ou subsidiado é utilizado para reduzir custos ou mitigar riscos, incentivando a atração de recursos privados.
O principal critério para a seleção das propostas será a capacidade dos bancos de alavancar o crédito subsidiado com recursos captados no exterior.
A alavancagem mínima exigida é de seis vezes, ou seja, para receber R$ 100 milhões, o banco precisará captar ao menos R$ 500 milhões no mercado externo.
Esses recursos, que totalizarão R$ 600 milhões, devem ser direcionados a projetos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa ou para a adaptação às mudanças climáticas.
Os projetos elegíveis incluem biocombustíveis, produtos florestais, indústria de baixo carbono, agropecuária sustentável, edifícios resilientes e captura de carbono, entre outros.
Setores como energia solar e eólica foram excluídos por já contarem com abundante financiamento.
Apesar do prazo apertado e do desafio de originar uma carteira de projetos verdes, o mercado vê a iniciativa como um piloto promissor para expandir o financiamento climático no Brasil.
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Relação de crédito verde com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como essa são cruciais para impulsionar projetos que contribuem diretamente para a sustentabilidade.
O Projeto Mejuruá, liderado pela BR ARBO, é um exemplo de como os recursos de programas como o EcoInvest podem ser alavancados para a restauração florestal e preservação da Amazônia.
Ao integrar-se a essas linhas de financiamento, Mejuruá fortalece ainda mais seu papel na mitigação das mudanças climáticas.
Contribuindo para o crescimento sustentável e a geração de créditos de carbono confiáveis no mercado.
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Por Ana Carolina Ávila