Hoje, o Suriname, embora rico em florestas tropicais e com uma pegada de carbono negativa, enfrenta desafios relacionados ao reconhecimento dos direitos territoriais dos povos indígenas e quilombolas.

Comunidades como os Saamaka, que habitam vastas áreas de floresta, lutam contra a exploração madeireira e a mineração que ameaçam suas terras.

A decisão de 2007 da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que deveria garantir esses direitos, não foi plenamente implementada.

Resultando em contínuas concessões governamentais para atividades comerciais nessas áreas.

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Luta pelos direitos territoriais

Para os Saamaka, que representam cerca de um quinto da população do Suriname, a luta pela demarcação oficial de suas terras é crucial para preservar suas florestas.

Recentemente, eles intensificaram seus esforços para organizar e combater planos de desenvolvimento que impactam negativamente suas terras.

Como a construção de uma estrada por uma empresa madeireira malaia sem consulta prévia adequada.

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A Coalizão Internacional de Terras (ILC) destaca a importância do apoio internacional para responsabilizar o governo surinamês pelos compromissos ambientais e proteger os direitos das comunidades locais.

A preservação da biodiversidade e das florestas no Suriname é fundamental não apenas para as comunidades indígenas, mas também para a sustentabilidade global.

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A BR ARBO garante os direitos territoriais

Assim como os Saamaka no Suriname, o projeto Mejuruá também visa a proteção dos direitos territoriais e a preservação das florestas.

O projeto da BR ARBO comercializa créditos de carbono de uma grande reserva na Amazônia. Dessa forma, eles contribuem para preservação da floresta e ajuda para o crescimento econômico da comunidade local.

Ambos os projetos destacam a necessidade urgente de políticas públicas e apoio internacional para garantir a sustentabilidade e a justiça para as comunidades tradicionais.

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Por Ana Carolina Ávila