Recentemente, um projeto ambicioso está em andamento no coração da Amazônia, com o objetivo de utilizar inteligência artificial (IA) para monitorar a fauna em uma área de 20 milhões de hectares.
A área corresponde a quase um terço da maior floresta tropical do mundo.
Nomeado de “Providence”, essa iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Mamirauá e a Universidade Politécnica da Catalunha, iniciada em 2016.
A meta é instalar 100 módulos de monitoramento até meados de 2025, abrangendo uma extensão que vai da Cordilheira dos Andes até o litoral do Pará.
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Tecnologia de ponta para preservação ambiental da Amazônia
Cada módulo do projeto Providence é equipado com tecnologia de IA que identifica e cataloga espécies animais por meio de imagens e sons em tempo real.
Além de monitorar a fauna, os módulos atuam como sistemas de vigilância territorial, capazes de detectar atividades humanas predatórias, como tiros, motosserras e equipamentos de mineração.
Emiliano Esterci Ramalho, diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, destacou a importância do projeto.
Afirmando que sua missão é estabelecer um sistema de monitoramento aplicável não apenas à Amazônia, mas também a outros biomas ao redor do mundo.
Desde a instalação do primeiro módulo em 2018, atualmente cerca de 40 estão em operação, a maioria na Amazônia, com cinco na Mata Atlântica.
Esses módulos capturam imagens a até 30 metros de distância e podem registrar áudios de espécies a quilômetros, dependendo do tipo de animal.
Os dados já coletados na Reserva Mamirauá indicam um bom estado de conservação da biodiversidade local.
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Integração com iniciativas de conservação: Projeto Mejuruá
O Projeto Providence se alinha a outras iniciativas de conservação, como o Projeto Mejuruá, promovido pela BR ARBO.
A iniciativa liderada por Gaetano Buglisi, busca restaurar e proteger a floresta amazônica.
Ambas as iniciativas demonstram como a tecnologia e a valorização da biodiversidade podem ser aliadas essenciais na luta contra a degradação ambiental e na promoção de um futuro sustentável para a Amazônia.
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Por Ana Carolina Ávila