Os mercados de carbono são essenciais no combate às mudanças climáticas, garantindo que países e empresas comercializem créditos de carbono para mitigar as emissões de gases poluentes.

A Malásia, com seus recursos naturais em grande quantidade e localização estratégica no Sudeste Asiático, está investindo no desenvolvimento de sua infraestrutura de mercado de carbono, alinhando-se às metas globais de controle climático.

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Com isso em mente, a nação estipulou objetivos para mitigar suas emissões de carbono, visando diminuí-las em 45% até 2030, em comparação com os níveis de 2005.

O setor energético da nação é responsável por cerca de 79% das emissões e é um dos principais focos dessas metas. Com isso em mente, o governo do país anunciou a implementação de um imposto sobre o carbono para setores estratégicos, alinhando-se com as diretrizes internacionais, como o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM) da União Europeia.

Ademais, a Malásia lançou uma nova plataforma de mercado voluntário de carbono chamado Bursa Carbon Exchange (BCX), visando facilitar o comércio de créditos de carbono provenientes de projetos baseados na natureza e em tecnologia.

Assim, a Malásia está avançando no desenvolvimento de seu mercado de carbono, mas ainda há problemáticas que devem ser superadas, como a garantia de transparência.

Sendo assim, para aumentar a eficiência do setor, a colaboração regional e a integração com estratégias como o Quadro de Conectividade de Carbono da ASEAN (ACCF) são cruciais.

Apesar do avanço, problemas como a falta de um marco legislativo específico para o comércio de carbono e a necessidade de integrar o mercado malásio ao mercado global ainda persistem.

Em suma, o mercado de carbono da Malásia se mostra promissor, com potencial de atingir US$ 3 trilhões até 2050.

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Portanto, a nação está adotando medidas para impulsionar seu mercado de carbono, alinhando-se com metas globais de mitigação de emissões. Com problemas ainda a serem enfrentados, o país possui grandes oportunidades de se posicionar como protagonista na luta contra as mudanças climáticas, oferecendo inovação em estratégias de energia renovável, reflorestamento e captura de carbono.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental. 

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi