Recentemente, o mercado de carbono da China, que já se posiciona como um dos maiores do mundo, continua a crescer de forma acelerada.
Desde o início de suas operações em julho de 2021, o mercado tem se destacado pelo volume expressivo de emissões comercializadas.
Segundo dados divulgados pelo China Daily em 30 de julho de 2024, o mercado reportou um volume de 465 milhões de toneladas de emissões de carbono, gerando um valor total de 27 bilhões de yuans, equivalente a 3,8 bilhões de dólares.

Esse crescimento reflete a sólida estrutura do mercado chinês, com o preço de fechamento por tonelada subindo de 48 yuans (aproximadamente 7 dólares) no lançamento para 91,6 yuans (cerca de 12 dólares) em julho de 2024.
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Integração Entre Mercado de Carbono Regulamentado e Voluntário
A regulamentação atual do Compliance Carbon Market (CCM) chinês abrange aproximadamente 2.000 entidades no setor de geração de energia, destacando-se como uma parte fundamental do mercado.
Paralelamente, o Mercado Voluntário de Carbono (VCM) permite a emissão e o comércio de Certificados de Reduções de Emissões da China (CCER) por empresas e indivíduos.
A integração parcial entre o CCM e o VCM possibilita que os participantes do mercado regulado compensem até 5% de suas emissões utilizando créditos do mercado voluntário, promovendo uma sinergia entre as duas modalidades.
Com a expansão do sistema cap-and-trade para novos setores, o mercado de carbono da China está se consolidando como uma ferramenta essencial na luta contra as mudanças climáticas.
Essa expansão está alinhada com os esforços para criar metas de redução de carbono em nível provincial e municipal, que devem ser implementadas até 2025.
Além disso, a China planeja estabelecer objetivos específicos para o consumo de energia renovável e reforçar sua rede elétrica, garantindo um progresso contínuo na descarbonização.
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Relação com o Projeto Mejurá
Essa estratégia chinesa de expansão e integração no mercado de carbono encontra um paralelo no projeto Mejurá, que busca desenvolver iniciativas de compensação de carbono em larga escala.
A iniciativa da BR ARBO, voltada para a restauração de ecossistemas e promoção da sustentabilidade, exemplifica como a compensação de carbono pode ser uma ferramenta eficaz para alcançar metas ambientais ambiciosas.
A colaboração entre esses projetos pode fortalecer a transição global para uma economia de baixo carbono, impulsionando o desenvolvimento sustentável em diversas regiões do mundo.
Por Ana Carolina Ávila