O “Dia do Fogo“, ocorrido em 2019, marcou um dos eventos mais devastadores para a Amazônia, quando fazendeiros em Novo Progresso (PA) teriam organizado incêndios em massa como protesto contra as políticas ambientais.

Esse evento trouxe atenção internacional à crise ambiental na região, com focos de calor atingindo níveis recordes.

No entanto, até o momento, as investigações não conseguiram identificar e responsabilizar os culpados.

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Investigações e Impunidade de suspeitos sobre o “dia do fogo”

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou dois inquéritos, em 2019 e 2020, mas ambos foram arquivados em 2024 por falta de provas suficientes para uma denúncia formal.

A Polícia Federal, que também investigou o caso, não deu detalhes sobre os inquéritos.

A persistente impunidade é evidenciada pela continuidade do desmatamento e das queimadas em imóveis envolvidos no “Dia do Fogo”. Com muitos deles ainda acessando crédito rural e acumulando multas ambientais não pagas.

Um levantamento do Greenpeace Brasil mostrou que, apesar dos embargos, muitos dos 478 imóveis rurais envolvidos no “Dia do Fogo” continuam a registrar desmatamento e focos de calor. Além disso, 29 desses imóveis obtiveram financiamento rural, totalizando mais de R$ 200 milhões.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, relacionou os recentes incêndios em São Paulo ao “Dia do Fogo“, reiterando a importância de punir rigorosamente os responsáveis por ações criminosas.

No entanto, até o momento, o Ministério do Meio Ambiente não informou sobre o acompanhamento das investigações de 2019.

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Atuação do Projeto Mejuruá na Amazônia

O Projeto Mejuruá, que foca na restauração florestal e na comercialização de créditos de carbono, representa uma resposta proativa aos desafios impostos por eventos como o “Dia do Fogo”.

Ao promover a recuperação ambiental e a sustentabilidade na Amazônia, o projeto busca mitigar os danos causados por atividades ilegais e contribuir para a proteção da floresta.

Iniciativas como a da BR ARBO são essenciais para criar alternativas econômicas sustentáveis na região. Prevenindo a recorrência de eventos como o “Dia do Fogo” e fortaleçam a aplicação das leis ambientais.

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Por Ana Carolina Ávila