Em agosto, a indústria florestal da Austrália surpreendeu ao anunciar planos para remover árvores de florestas nativas, incluindo parques nacionais, com o objetivo de obter créditos de carbono.
A Forestry Australia, entidade que representa o setor, afirma que essa ação tornaria os ecossistemas mais resilientes e ajudaria a combater as mudanças climáticas.
No entanto, a proposta enfrenta forte oposição devido a preocupações ambientais.
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Impactos Negativos para o Clima e a Biodiversidade
Pesquisas científicas indicam que a remoção de árvores em florestas nativas pode aumentar a vulnerabilidade dessas áreas a incêndios e liberar carbono armazenado no solo e nas árvores, comprometendo os benefícios climáticos esperados.
Além disso, a prática pode prejudicar a biodiversidade, ao destruir habitats naturais e enfraquecer a resiliência das florestas frente às mudanças climáticas.
O plano da Forestry Australia também levanta dúvidas sobre a eficácia do esquema de crédito de carbono da Austrália.
Especialistas alertam que créditos poderiam ser concedidos para atividades que já ocorreriam naturalmente, como a regeneração florestal após incêndios, sem contribuir para uma redução real das emissões de carbono.
A exploração de florestas nativas na Austrália já está em declínio, com estados como Victoria e Austrália Ocidental encerrando essa prática em terras públicas.
A proposta da Forestry Australia surge em um momento em que o setor enfrenta dificuldades financeiras, mas especialistas argumentam que a solução não está em um método de crédito de carbono que pode prejudicar tanto o clima quanto a economia.
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BR Arbo: Alternativas Sustentáveis para Créditos de Carbono
Enquanto a Austrália enfrenta desafios em sua abordagem ao manejo florestal, projetos como os desenvolvidos pela BR ARBO oferecem alternativas mais sustentáveis.
Focada em iniciativas de reflorestamento e conservação na Amazônia, o projeto Mejuruá demonstra como é possível gerar créditos de carbono de alta integridade sem agravar as mudanças climáticas.
Servindo como exemplo para políticas mais responsáveis e eficazes.
Por Ana Carolina Ávila