Índia enfrenta desafios ao equilibrar desenvolvimento econômico com sustentabilidade e metas climáticas da nação.

Apesar da Índia ter avançado na implementação de práticas verdes e energia renovável, sua economia ainda apresenta grande dependência de combustíveis fósseis, o que contrasta com as metas de neutralidade de carbono.

Ademais, a Índia tem investido em hidrogênio verde. Contudo, sua dependência de minerais e tecnologias importados gera críticas sobre a segurança das cadeias de suprimentos.

Outra questão é a negligência da adaptação climática. O financiamento não preencheu lacunas suficientes para apoiar setores vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, como agricultura, extremamente suscetível a eventos climáticos.

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Sendo assim, apesar dos investimentos em energias limpas, a Índia ainda mantém sua demanda por combustíveis fósseis alta, comprometendo suas ambições de descarbonização.

A falta de um mercado de carbono eficaz e de uma estratégia financeira mais robusta para sustentabilidade também retarda o progresso.

Assim, para atingir suas metas climáticas, a nação precisa de uma estratégia integrada, que inclua maior acesso ao financiamento, sistema de preços de carbono eficaz e uma transição gradual dos combustíveis fósseis.

Portanto, apesar do longo caminho para promover um modelo de desenvolvimento sustentável, a Índia, com ações pontuais e eficazes, pode conciliar suas necessidades energéticas com a preservação ambiental e a adaptação às mudanças climáticas.

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Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental. 

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi