No dia 25 de março de 2024, o secretário de Finanças de Hong Kong, Paul Chan, fez um discurso no Fórum Climático da Universidade de Hong Kong sobre como a região poderia fazer contribuições valiosas para impulsionar a transição verde global.
Segundo o político, tal ação deve ocorrer o quanto antes, para se evitar castradores climáticas.
O Fórum Climático da Universidade de Hong Kong, surgiu com objetivo de promover uma colaboração para discutir alterações climáticas e energia limpa entre a Grande Baia e California.
As finanças verdes demonstram ser uma forma de contornar essa problemática.
“Nada deve impedir-nos de facilitar a cooperação financeira e tecnológica internacional em questões verdes, nem deve haver barreiras comerciais internacionais ou restrições a produtos ou bens verdes, como novos veículos energéticos”, disse ele. Considerando que o financiamento global relacionado com o clima pode atingir até 9 bilhões de dólares até 2030, Chan acredita que Hong Kong ajudará outros países da Ásia.
Segundo o secretário, Hong Kong possui diversas pessoas qualificadas que estão discutindo finanças verdes. Além da região ter diversas certificações verdes globais. A grande Baia foi destacada com um centro de inovação e tecnologia, sendo comparada a São Franciso e Nova Iorque nos Estados Unidos.
Hong Kong vai oferecer US$ 750 milhões em títulos verdes digitais
No mês passado, o governo de Hong Kong anunciou a oferta e subscrição bem-sucedida de mais de US$ 750 milhões em títulos verdes digitais em quatro moedas, com preços variando de 2,9% a 4,7%.
Os títulos com vencimento em dois anos foram oferecidos em dólares de Hong Kong, renminbi da China, dólares americanos e euros como parte do Programa Governamental de Títulos Verdes, estabelecido para promover o financiamento verde em Hong Kong.
Os recursos do programa serão usados para financiar projetos governamentais com benefícios ambientais associados. Em geral, os títulos verdes são utilizados para financiar projetos relacionados com o desenvolvimento sustentável, e os títulos verdes digitais incluem uma plataforma digital para emissão de títulos, a fim de reduzir custos e melhorar a liquidez.
“O Governo emitiu mais uma vez títulos verdes digitais este ano, incorporando várias inovações tecnológicas”, disse Chan.
“Isto demonstra os pontos fortes e a posição de liderança de Hong Kong na combinação do mercado obrigacionista, das finanças verdes e sustentáveis, bem como das fintech. Continuaremos a promover a inovação e a aplicação de fintech, a explorar o uso de novas tecnologias para aumentar a eficiência, a transparência e a segurança das transações financeiras e a promover um desenvolvimento vibrante em vários setores do mercado financeiro.”
Hong Kong quer agilizar emissões de títulos verdes
Esta emissão de títulos é a segunda desde que os primeiros títulos verdes do governo de Hong Kong foram emitidos em fevereiro de 2023, e supostamente se baseia no Projeto Genesis, um teste de conceito da emissão de títulos verdes tokenizados em Hong Kong feito em 2021.
As obrigações actuais alegadamente alcançaram uma participação alargada dos investidores e uma emissão simplificada – os investidores internacionais podem aceder às obrigações verdes digitais a partir de contas online, e as obrigações não tiveram de ser inicialmente emitidas em títulos tradicionais antes de serem convertidas para um formato digital. Além disso, a nova emissão de obrigações incluiu esforços de normalização para promover a eficiência do mercado e operações suaves entre sistemas.
Estes são supostamente os primeiros títulos verdes a adotar a taxonomia de dados de títulos da Associação Internacional do Mercado de Capitais, e toda a documentação importante dos títulos verdes pode ser acessada na plataforma de ativos digitais.
Com o aumento do investimento sustentável, juntamente com as preocupações com o greenwashing empresarial, as obrigações verdes digitais poderão supostamente permitir uma maior transparência e rastreabilidade das iniciativas empresariais de financiamento verde.
Títulos verdes digitais são criados através de créditos de carbono, como por exemplo está fazendo o projeto BR ARBO na Amazônia, liderado pelo empresário italiano Gaetano Buglisi.
Com uma área de 903 mil hectares (9030 km²), três vezes ao tamanho de Hong Kong, o projeto visa preservar a floresta Amazônica para a criação de créditos de carbono.
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