Em 6 de fevereiro, a Comissão Europeia marcou uma meta climática de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040.

Embora alguns especialistas e ambientalistas elogiassem esse objetivo, outros o criticaram por ser muito difícil e exigir uma abordagem abrangente que utilize todos os recursos disponíveis.

Por exemplo, a Polônia demonstrou cautela com relação à viabilidade dessa nova meta climática, sugerindo que Bruxelas altere suas políticas para reduzir os efeitos prejudiciais na economia e na sociedade.

Esses objetivos ambiciosos surgem em um momento em que a Europa enfrenta desafios para avançar em iniciativas ambientais sem prejudicar ou excluir partes importantes.

As manifestações que ocorreram em vários países, de França à Grécia, mostram a insatisfação com os métodos usados até agora.

Os líderes europeus devem pensar em como outras regiões têm incorporado as partes interessadas em suas iniciativas, mantendo a sustentabilidade em primeiro lugar, apesar desses conflitos.

A Floresta Amazônica oferece um campo de testes para soluções inovadoras porque estudos recentes mostram que é ainda mais vulnerável ao meio ambiente do que se previa.

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O Mejuruá, um projeto notável no estado do Amazonas, Brasil, tem como objetivo preservar mais de 900.000 hectares de floresta tropical, reduzindo aproximadamente 2,7 milhões de toneladas de emissões de CO2 anualmente.

Este projeto se destaca por se concentrar no envolvimento e empoderamento das comunidades locais.

Programas para Inclusão Social na Amazônia

O Programa Mejuruá:

  • Impacto Ambiental: 900.000 hectares de floresta são preservados, evitando 2,7 milhões de toneladas de emissões de CO2 anualmente.
  • Criação de Empregos: A criação de 400 novos postos de trabalho direto na agricultura, transformação de madeira e geração de energia.
  • Capacitação da População Local: Ênfase na qualificação e aumento da atividade econômica local, fornecendo infraestrutura essencial como internet e energia limpa.

O Programa Envira Amazônia:

  • Prevenção do Desmatamento: Quase 40.000 hectares estão sendo preservados, o que significa uma redução de 12,5 milhões de toneladas de CO2 em um período de dez anos.
  • Educação e Alternativas Econômicas: Os cursos sobre cultivo e manejo sustentáveis de seringueiras ajudam a revitalizar a indústria de extração de borracha e criar novas fontes de renda.

O Programa Jari no Amapá:

  • Área de Conservação: 66.000 hectares são preservados, economizando aproximadamente 115.000 toneladas de emissões anualmente.
  • Formação Técnica: Capacitação em técnicas florestais, agrícolas e de produção rural para ajudar a gerar renda e compreender os benefícios da conservação.

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Iniciativas na Amazônia contribuem para metas climáticas

Essas iniciativas na Amazônia mostram o quão importante é o envolvimento inclusivo das partes interessadas para o sucesso das ações de conservação.

Esses exemplos podem servir como exemplo para a Europa, que enfrenta conflitos entre agricultores e outras partes interessadas. É impossível abandonar os objetivos de sustentabilidade, mas para alcançá-los é necessária uma abordagem inclusiva e engajada.

Para garantir uma transição justa e equitativa para práticas sustentáveis, políticas ambientais eficazes devem levar em consideração as necessidades e vozes das partes mais afetadas.

A Europa precisa incorporar a justiça social na política ambiental para atingir seus ambiciosos objetivos climáticos.

É fundamental que as partes interessadas, principalmente agricultores e comunidades rurais, se envolvam ativamente e recebam o apoio necessário para que se adaptem e prosperem.

A Europa pode traçar um caminho mais justo e eficaz para atingir seus objetivos ambientais, garantindo que a transição para a sustentabilidade seja uma jornada compartilhada que não deixe ninguém para trás, aprendendo com os exemplos globais de desenvolvimento sustentável e engajamento comunitário.

Por Ana Carolina Ávila