Recentemente, o RenovaBio, o único mercado regulado de carbono no Brasil, enfrenta desafios significativos após quatro anos de operação.

O programa foi criado para estimular a produção de biocombustíveis e a compra de CBIOs (créditos de descarbonização) pelas distribuidoras de combustíveis.

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Renovabio e o conflito com Distribuidoras

Vibra e Ipiranga, duas das maiores distribuidoras do país, ameaçam entrar na Justiça para evitar a compra de CBIOs, o que poderia prejudicar severamente o programa.

Se essas empresas desistirem, 60% das metas do RenovaBio poderiam não ser atingidas, deixando a Raízen como a única grande compradora.

O RenovaBio já movimentou cerca de R$ 10 bilhões e evitou a emissão de 112,9 milhões de toneladas de CO2.

No entanto, suas metas foram criticadas e reduzidas em 2022 e 2023, o que afetou as margens de lucro das distribuidoras. A volatilidade nos preços dos CBIOs também é um problema, com um impacto significativo no EBITDA das empresas.

A pressão das distribuidoras é vista como uma tentativa de influenciar o Ministério de Minas e Energia e a ANP para ajustar as regras do RenovaBio.

Apesar das ameaças, romper com o programa poderia causar danos reputacionais significativos para Vibra e Ipiranga. Especialmente com o Brasil se preparando para sediar a COP30 e promovendo biocombustíveis como uma solução sustentável.

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Conexão com Projetos Sustentáveis: Mejuruá

O Projeto Mejuruá, focado na restauração e conservação florestal na Amazônia, exemplifica como iniciativas sustentáveis podem apoiar a descarbonização.

A BR ARBO comercializa créditos de carbonos provenientes da captura de carbono realizada pelo projeto.

Este projeto se alinha com os objetivos do RenovaBio, promovendo o sequestro de carbono e o desenvolvimento econômico sustentável.

Oferecendo um modelo eficaz para enfrentar os desafios climáticos e ambientais no Brasil.

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Por Ana Carolina Ávila