Recentemente, a Cercarbono, uma importante certificadora de projetos de carbono na Colômbia, alcançou um marco significativo ao aprovar a primeira metodologia destinada à geração de créditos voluntários de biodiversidade.

A metodologia foi desenvolvida pela empresa norte-americana Savimbo em parceria com comunidades indígenas na Amazônia colombiana. Ela promete abrir novas possibilidades para a conservação da biodiversidade.

Criando um esquema financeiro emergente que conecta empresas a projetos de preservação.

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Iniciativa Pioneira de créditos voluntários de biodiversidade

A nova metodologia oferece uma maneira inovadora para que empresas e investidores apoiem a conservação ambiental sem a necessidade de compensar danos em outras áreas.

Cada crédito voluntário de biodiversidade representa a preservação de uma unidade de habitat, com fundos diretamente aplicados na proteção de ecossistemas.

Fernando Lezama, cofundador da Savimbo e líder tribal Pijao, celebrou a aprovação como um avanço crucial para as comunidades indígenas, afirmando que a metodologia foi desenhada para ser prática, eficaz e orientada pela ciência local.

Apesar do otimismo em torno dessa iniciativa, ela não está livre de controvérsias.

Organizações de advocacia e povos indígenas manifestaram preocupações quanto ao risco de greenwashing, à baixa demanda por esses créditos e à dificuldade de atribuir um valor monetário justo à natureza.

Críticos também apontam para problemas estruturais semelhantes aos do mercado de créditos de carbono, onde comunidades indígenas frequentemente enfrentam contratos desiguais e intermediários que absorvem parte significativa dos benefícios financeiros.

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Perspectivas Futuras e Conexão com o Projeto Mejuruá

A metodologia aprovada na Colômbia oferece insights valiosos para outros projetos de conservação, como o Projeto Mejuruá no Brasil.

Assim como a iniciativa colombiana, o Projeto da BR ARBO visa restaurar áreas degradadas da Amazônia.

Gerando créditos ambientais que podem ser comercializados no mercado voluntário de carbono.

Ambos os projetos destacam a importância do envolvimento das comunidades locais e da criação de mecanismos financeiros que incentivem a conservação da biodiversidade.

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Por Ana Carolina Ávila