No dia 6 de setembro, a Agência Ambiental Alemã (UBA) anunciou que rejeitou certificados de crédito de carbono provenientes de oito projetos devido a suspeitas de fraude na China.

A decisão afeta os chamados projetos de Redução de Emissões Upstream (UER), usados por empresas de petróleo para cumprir as metas da União Europeia de redução de gases de efeito estufa.

Após investigações rigorosas, a UBA descobriu que os oito projetos de carbono, totalizando 215.000 toneladas de CO2, não atendiam aos padrões exigidos.

As inconsistências encontradas em sete dos oito projetos levantaram sérias preocupações legais e técnicas, levando à rejeição dos certificados.

A UBA também anunciou que outros 13 projetos serão investigados, com um foco global para garantir que todas as alegações de fraude sejam esclarecidas.

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Implicações Legais e Futuros Exames

O Ministério Público de Berlim está atualmente investigando 17 diretores e funcionários de empresas envolvidas na verificação desses projetos, sob suspeita de fraude comercial.

A Alemanha, que iniciou os projetos de compensação de carbono na China em 2018, pretende eliminar gradualmente esses créditos UER até o final de 2025.

Sinalizando uma mudança significativa na abordagem do país em relação à compensação de carbono.

Nos últimos anos, os mercados de créditos de carbono, especialmente os voluntários, têm enfrentado crescente escrutínio global.

Uma força-tarefa da ONU, convocada pelo Secretário-Geral António Guterres, expressou preocupações sobre o uso desses créditos por empresas fora dos mercados de carbono regulamentados.

Considerando-os inadequados para contabilizar reduções reais de emissões.

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Impacto para Projetos Sustentáveis: exemplo projeto Mejuruá

Essa situação destaca a importância de garantir a integridade dos créditos de carbono em mercados globais.

No Brasil, projetos como o Projeto Mejuruá são exemplos de iniciativas que priorizam a transparência e o envolvimento das comunidades locais na geração de créditos de carbono.

Com a crescente demanda por práticas sustentáveis e a necessidade de confiança no mercado de carbono.

O Projeto da BR ARBO se posiciona como uma referência em qualidade e responsabilidade na preservação ambiental e no desenvolvimento socioeconômico.

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Por Ana Carolina Ávila