Em 2 de setembro de 2024, os membros do BRICS, assinaram um Memorando de Entendimento (MOU), que estabelece as bases para metas e projetos conjuntos relacionados ao mercado de carbono.
Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão avançando com a criação de mercados comuns de carbono.
Como parte de uma iniciativa para fortalecer a cooperação climática e econômica.
A iniciativa visa facilitar o comércio de créditos de carbono entre os países e promover o desenvolvimento sustentável.
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Reação às Medidas Protecionistas Verdes do BRICS
Maxim Reshetnikov, Ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, reiterou o compromisso do grupo em combater as “medidas protecionistas verdes unilaterais”.
Implementadas por nações desenvolvidas, como o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras da União Europeia (UE).
Tais medidas, segundo Reshetnikov, podem impactar negativamente as economias emergentes, colocando-as em desvantagem nas cadeias de suprimentos globais. O MOU também reforça a união dos BRICS em uma postura geopolítica mais assertiva contra essas barreiras comerciais.
Além do MOU, os países membros já estão desenvolvendo individualmente seus mercados de carbono.
O Brasil está a caminho de lançar seu mercado de carbono antes da COP30, que será sediada em Manaus no próximo ano.
A China, com o maior mercado de carbono operacional no mundo, continua a expandir suas metodologias e práticas.
Já a Índia está nos estágios finais de elaboração de seu esquema de mercado de carbono, com um comitê diretor prestes a ser formado.
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Mercado de carbono e o Projeto Mejuruá
Uma das grandes questões é como esses mercados de carbono dos BRICS poderão se alinhar com o mercado global sob o Artigo 6 do Acordo de Paris.
Esse alinhamento é essencial para que as nações possam cumprir suas metas de redução de emissões, ao mesmo tempo em que aproveitam as oportunidades econômicas.
O avanço dos mercados de carbono entre os BRICS está diretamente relacionado a projetos sustentáveis, como o Projeto Mejuruá da BR ARBO, que visa o reflorestamento na Amazônia.
O Mejuruá já se beneficia do mercado voluntário de carbono, contribuindo para a absorção de carbono e preservação da biodiversidade.
Com o fortalecimento do mercado de carbono, projetos como este podem se expandir, oferecendo soluções baseadas na natureza e gerando benefícios socioeconômicos para as comunidades locais.
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Por Ana Carolina Ávila