Gana pode gerar mais de US$ 65 bilhões nas próximas cinco décadas por meio do Modelo Integrado de Agrofloresta em Shea Parklands.

Essa é uma iniciativa pioneira liderada pela Global Shea Alliance , pelo West African Centre for Shea Innovation and Research da University for Development Studies e pelo King’s College London.
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Atualmente em fase piloto, o projeto posiciona o país como um protagonista emergente no mercado global de créditos de carbono.
A fase piloto, que vai de maio de 2024 a abril de 2026, está sendo implementada em cinco distritos estratégicos de Gana, com o objetivo de construir uma plataforma robusta para credenciamento, monitoramento e gestão de créditos de carbono e biodiversidade.
A iniciativa apoia pequenos agricultores e se alinha à meta nacional de reduzir emissões de gases de efeito estufa em 64,4 MtCO₂e, conforme as Contribuições Nacionalmente Determinadas do país no Acordo de Paris.
O projeto utiliza diversas práticas sustentáveis para promover o sequestro de carbono, como plantio de árvores, cultivo mínimo, produção de biochar, apicultura e uso de fogões limpos.
Além disso, está em processo de registro no Gold Standard, o que permitirá aos agricultores receberem receita pela restauração de terras degradadas e serviços ecossistêmicos, com parte significativa da receita retornando diretamente para as comunidades locais.
Um diferencial importante do projeto é o foco no empoderamento das mulheres, que representam cerca de 60% dos participantes nas cadeias de valor do karité.
O modelo prevê que 80% da receita gerada pelos créditos de carbono será destinada aos agricultores, enquanto os 20% restantes apoiarão a governança, ONGs, autoridades tradicionais e o monitoramento do projeto.
Para ampliar o alcance da iniciativa, os responsáveis pelo projeto solicitam maior apoio governamental e financiamento internacional, destacando o potencial da agrofloresta para recuperar terras degradadas e promover práticas agrícolas sustentáveis.
Com isso, Gana pode não apenas fortalecer sua economia verde, mas também servir de modelo para projetos similares em toda a África Ocidental.
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Projeto Mejuruá

O Projeto Mejuruá fica no Amazonas, com foco na conservação da floresta e no fortalecimento das comunidades locais. O projeto valoriza os saberes tradicionais e estimula práticas que combinam sustentabilidade ambiental e geração de renda. Além da proteção da biodiversidade, o Mejuruá ajuda na captura de carbono, colaborando no combate às mudanças climáticas.