O defensor climático Temitope Adeoye fundador da FactCheck, defendeu que o governo nigeriano deve aproveitar o mercado emergente de créditos de carbono como ferramenta estratégica para impulsionar a economia verde.

Governo é instado a aproveitar o mercado de créditos de carbono para impulsionar a economia

Ele comparou os créditos ao “petróleo bruto da nova economia” destacando o enorme potencial financeiro e ambiental para o país. Em uma fala recente o Adeoye relatou o desconhecimento generalizado sobre o tema inclusive entre agricultores locais, e pediu maior conscientização nacional.

Créditos de carbono funcionam como licenças de emissão de CO2 concedidas a projetos que reduzem emissões, como reflorestamento ou energia limpa.

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Esses créditos podem ser vendidos a empresas que precisam compensar suas emissões. A Nigéria, embora seja um dos maiores emissores da África, tem recursos naturais e humanos suficientes para liderar no setor, graças às suas florestas, agricultura e crescente setor de energia renovável.

Adeoye destacou iniciativas como o uso de Gás Natural Comprimido (GNC) e projetos comunitários de reflorestamento, que já geram créditos vendidos internacionalmente.

Ele também apontou grandes empresas, como Dangote Group e NNPC, como potenciais protagonistas no mercado, seja por meio da geração ou compra de créditos para compensar emissões.

Apesar do potencial, desafios persistem, como a falta de regulamentação clara, altos custos de verificação e baixa informação pública. Adeoye sugeriu soluções como campanhas educativas, subsídios à verificação e um Registro Nacional de Carbono.

Segundo ele, com apenas dez grandes empresas nigerianas comprando ou gerando créditos, o país poderia movimentar US$ 100 milhões por ano, promovendo crescimento econômico e ambiental.

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Br Arbo: Sustentabilidade

O Projeto Mejuruá tem um papel muito importante na conservação da floresta amazônica por meio da geração de créditos de carbono, promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Esses créditos podem ser comercializados para compensar emissões, promovendo tanto uma sustentabilidade climática quanto socialmente e economicamente na região amazônica.