Meta e Microsoft firmaram acordos de crédito de carbono de longo prazo para apoiar o manejo florestal climático inteligente, garantindo previsibilidade de preços e reforçando seu compromisso com ações ambientais.

As empresas estão investindo na Floresta Tropical Olímpica, um projeto de 68 mil acres no estado de Washington, administrado pela EFM e apoiado pela Climate Asset Management (CAM) uma joint venture da HSBC Asset Management com a Pollination.
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Esses acordos sinalizam uma nova fase do mercado, em que os créditos de carbono são tratados como ativos estratégicos, e não apenas ferramentas de compensação.
O projeto tem como meta remover mais de 1 milhão de toneladas de carbono na próxima década, por meio da prática de Gestão Florestal Aprimorada (IFM).
Além disso, prevê quase dobrar o volume de madeira em pé em 15 anos, restaurar habitats de espécies ameaçadas e fortalecer parcerias com as tribos Quileute e Hoh. A diversidade de receitas combinando madeira, créditos de carbono e conservação reduz riscos e amplia os retornos financeiros do projeto.
A CAM, que já administra mais de US$ 1 bilhão em compromissos, exemplifica o amadurecimento do mercado voluntário de carbono. Seus fundos combinam investimentos com impacto ambiental e social mensurável, incluindo ganhos em biodiversidade e benefícios às comunidades locais.
O projeto da Olympic Rainforest mostra como empresas podem mobilizar capital para gerar impactos positivos reais e duradouros.
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Esse movimento ocorre em meio a mudanças regulatórias e novos padrões, como a Estrutura de Certificação de Remoção de Carbono da UE (CRCF) e os Princípios Fundamentais de Carbono (CCPs). Tais iniciativas buscam garantir que os créditos tenham alta integridade, durabilidade e transparência.
Com apoio de guias como o da Iniciativa de Mercados Sustentáveis, as empresas estão cada vez mais orientadas a investir em soluções climáticas que conciliam retorno econômico com impacto ambiental.
O Projeto Mejuruá na Amazônia também utiliza o mercado de créditos de carbono para promover a conservação ambiental e apoiar as comunidades locais. Ambos têm como objetivo manter a floresta sustentável, combinando a redução das emissões de carbono com a proteção da biodiversidade e benefícios sociais.