Recentemente, o Zimbábue anunciou um programa ambicioso para estabelecer-se como um dos primeiros países a estabelecer um mercado de carbono.

A fim de atingir a prontidão total do Artigo 6 do Acordo de Paris, visando consolidar sua posição como líder global no mercado.

O Artigo 6 permite a cooperação internacional para enfrentar as mudanças climáticas.

Permitindo que países transfiram créditos de carbono obtidos com a redução de emissões para ajudar outros países a atingir suas metas climáticas.

Saiba mais: Mercado de carbono: saída para a crise climática ou licença para poluir?

Mercado de carbono do Zimbábue

O Ministério do Meio Ambiente, Clima e Vida Selvagem está implementando a Estrutura de Implementação do Artigo 6.

Essa estrutura incluirá uma avaliação completa de prontidão e necessidades, desenvolvimento de um Plano de Ação, Política do Artigo 6, Estratégia de Mercado de Carbono.

Um registro de carbono de última geração e um portal online para desenvolvedores de projetos, público e investidores.

O Ministro do Meio Ambiente, Sithembiso Nyoni, destacou que a prontidão para o Artigo 6 consolidará a posição do país na luta contra as mudanças climáticas.

Saiba mais: Primeiro Projeto de Crédito de Carbono de Man

O governo está comprometido em garantir transparência e responsabilidade no comércio de carbono, alinhando-se com os padrões internacionais e requisitos da UNFCCC.

O programa também busca auxiliar os proponentes de projetos na transição para o mercado de conformidade, garantindo que todas as reduções de emissões sejam da mais alta integridade ambiental.

Saiba mais: Projeto Kuamut: Sabah inicia venda de créditos de carbono

Posicionamento do país no mercado

O Zimbábue continua aberto a novos negócios e investimentos. E o Ministério está desenvolvendo diretrizes claras para garantir a segurança e a confiabilidade dos investimentos.

O governo espera finalizar a política do Artigo 6 e a estratégia do mercado de carbono até dezembro de 2024. Em tempo para a integração com o Projeto de Lei de Gestão das Mudanças Climáticas.

Este ano, o Zimbábue firmou um acordo histórico com a Blue Carbon dos Emirados Árabes Unidos. Para liderar projetos de redução de emissões florestais sob a estrutura do Artigo 6 do Acordo de Paris, abrangendo 7,5 milhões de hectares.

Este acordo visa fortalecer os esforços de conservação florestal e mitigar as mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que gera benefícios socioeconômicos significativos.

A parceria entre Zimbábue e Blue Carbon é vista como um marco significativo na operacionalização do Artigo 6.

Destacando o papel crucial do setor privado em aumentar as ambições climáticas e facilitar a obtenção de metas de emissões líquidas zero.

Saiba mais: Entenda o que são e como funcionam os créditos de carbono

Exemplo de projeto no mercado de carbono: Projeto Mejuruá

Um exemplo de projeto no mercado é o projeto Mejuruá da BR ARBO, o projeto localizado na Amazônia contribui para a proteção de uma vasta reserva na região.

Dessa maneira, comercializam créditos de carbono florestais, que são emitidos de acordo com a capacidade de captura de carbono da floresta.

O projeto é fundamental para a manutenção do clima brasileiro e evitar o aquecimento global.

Por Ana Carolina Ávila