O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) anunciou recentemente a emissão de títulos verdes no valor de US$ 225 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,2 bilhão.
Este é o maior valor já emitido para um título de impacto pela instituição.
Os papéis, que serão disponibilizados na modalidade de título de impacto, visam financiar projetos com resultados socioambientais específicos, destacando-se pelo seu foco em reflorestamento na Amazônia.
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Modalidade e Estrutura dos títulos verdes
Os títulos verdes do Bird funcionam como um empréstimo, onde investidores fornecem recursos para projetos e recebem remuneração baseada em acordos pré-estabelecidos.
A emissão terá uma duração de nove anos, com juros de 1,745% ao ano e um acréscimo variável que pode chegar a 4,362% anuais, dependendo do sucesso dos projetos.
Esse diferencial, conhecido como prêmio por sucesso, é um incentivo adicional para que os projetos alcancem os resultados esperados, e ajuda a obter taxas de juros mais baixas.
O investimento dos títulos verdes visa o reflorestamento de áreas desmatadas na Amazônia, com foco na Remoção de Carbono (CRUs) provenientes das áreas recuperadas com vegetação nativa.
Aproximadamente 16% dos US$ 225 milhões serão destinados diretamente às ações de reflorestamento. Enquanto o restante será utilizado para cobrir os juros pagos aos investidores até que as árvores plantadas possam gerar recursos através do mercado de carbono.
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Os títulos verdes emitidos pelo Bird já atraíram o interesse de grandes investidores internacionais que buscam associar suas marcas a impactos socioambientais positivos.
Créditos de reflorestamento: Projeto Mejuruá
A emissão de títulos verdes pelo Bird complementa iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO.
Assim como os títulos verdes, o Mejuruá também visa o reflorestamento e a recuperação de áreas desmatadas na Amazônia, contribuindo para a remoção de carbono da atmosfera.
O sucesso desses projetos fortalece a recuperação ambiental da região, demonstra o potencial dos mecanismos financeiros para apoiar a sustentabilidade e a mitigação das mudanças climáticas.
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Por Ana Carolin Ávila