No dia 22 de agosto, durante a reunião da Subcomissão Temporária para Discutir e Analisar o Mercado de Ativos Ambientais Brasileiros, especialistas destacaram a importância de promover o mercado de crédito de carbono e o pagamento por serviços ambientais no setor agrócola.

Essas práticas poderiam ser estratégias para valorizar e incentivar os produtores rurais que adotam práticas sustentáveis.

O setor agrícola brasileiro, com sua vasta biodiversidade e práticas agropecuárias sustentáveis, tem o potencial de se tornar uma potência global na transição energética e na produção de ativos ambientais.

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Desafios e Estratégias para Expansão dos créditos de carbono

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da subcomissão, enfatizou a necessidade de avanços no reconhecimento e valorização dos produtores que cumprem as leis ambientais.

Ele ressaltou que o combate ao desmatamento ilegal é fundamental para a acumulação de ativos ambientais. E que a preservação da vegetação nativa e a adoção de boas práticas produtivas são pilares essenciais para a sustentabilidade do setor.

Nelson Ananias Filho, coordenador de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), argumentou que muitos produtores já contribuem significativamente para a produção de ativos ambientais, muitas vezes sem perceber.

A pesquisadora Danielle Denny, da Universidade de São Paulo, destacou a necessidade de ver os ativos ambientais como soluções baseadas na natureza.

Ela mencionou a recuperação de pastagens degradadas e a implementação de sistemas agrícolas integrados, como a integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF), como exemplos de práticas que podem ampliar a sustentabilidade do setor.

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Mercado de créditos de carbono: Projeto Mejuruá

O Projeto Mejuruá, desenvolvido pela BR ARBO, é um exemplo prático de como o setor agrícola pode liderar a produção de ativos ambientais no Brasil.

Focado no reflorestamento e na regeneração de áreas degradadas na Amazônia, o projeto contribui para a geração de créditos de carbono e a preservação da biodiversidade.

Iniciativas como essa demonstram o potencial do setor agrícola brasileiro em impulsionar a transição para uma economia verde.

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Por Ana Carolina Ávila