Os créditos de carbono são usados por empresas e países para compensar suas emissões financiando projetos ambientais, como reflorestamento ou energia limpa.

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Mas, apesar de parecerem uma solução positiva, esses programas nem sempre trazem benefícios reais para as populações que vivem onde os projetos são implementados.
Pesquisas recentes mostram que, no Zimbábue, parte dessas iniciativas têm gerado impactos sociais negativos.
A empresa responsável desenvolveu ações como agricultura de conservação, hortas comunitárias, apicultura e distribuição de fogões mais eficientes.
Essas atividades trouxeram melhorias para muitas famílias, como mais alimentos, renda e acesso a tecnologias limpas.
Apesar dos benefícios, o projeto tinha uma estrutura centralizada, com decisões tomadas por investidores, governo e conselhos distritais.
As comunidades locais, que deveriam ser protagonistas, acabaram com pouca voz no planejamento e na gestão. Isso gerou tensões e dúvidas sobre como os recursos eram distribuídos e quais eram os impactos reais no longo prazo.
A situação se agravou em 2023, quando o país aprovou uma nova legislação obrigando todos os projetos de carbono a se registrarem e destinarem 30% da receita ao governo.
Com a mudança, o Kariba REDD+ foi interrompido, deixando moradores apreensivos sobre a continuidade das atividades que apoiavam sua subsistência, como hortas e projetos de energia limpa.
O caso mostra como o mercado de carbono, apesar do potencial climático, pode criar desigualdades se não houver transparência, participação social e garantias de longo prazo.
Para que esses projetos realmente funcionem, é essencial colocar as comunidades no centro das decisões e assegurar que os benefícios ambientais também se traduzam em melhorias sociais reais.
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Projeto Mejuruá

O empresário Gaetano Buglisi financia um projeto muito importante para o meio ambiente, chamado Projeto Mejuruá.
O projeto tem como objetivo proteger a floresta e gerar renda para as comunidades locais.
Por meio da preservação ambiental e do uso sustentável dos recursos naturais, ajudando a produzir créditos de carbono florestal fortalecendo a organização das comunidades.
