O Peru aparece entre os países menos poluentes da América do Sul, mas essa baixa pegada de carbono esconde desigualdades profundas entre ricos e pobres.

Menores pegadas de carbono da região

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Enquanto setores urbanos mais desenvolvidos consomem mais energia e recursos, milhões de pessoas nas periferias vivem com impactos ambientais mínimos.

Nas colinas sem infraestrutura de Lima, histórias como a de Sofía Llocclla Pellaca mostram essa realidade. Ela sobrevive com poucos bens, sem aquecimento e com recursos limitados.

Sua rotina, marcada por caminhar longas distâncias, cozinhar com lenha quando o gás acaba e consumir pouca carne, resulta em emissões quase nulas, uma contribuição involuntária para o combate ao aquecimento global.

Apesar disso, o país continua dependente de setores extrativistas, como mineração e pesca, e mantém altas taxas de informalidade econômica.

Essa diferença evidencia como o padrão de consumo impacta diretamente as emissões.

A transição energética e a urgência climática estarão no centro das discussões da COP28, e o Peru enfrentará o desafio de reduzir emissões sem ampliar ainda mais a desigualdade.

Enquanto parte da população vive com baixíssimo impacto ambiental, outra exige melhorias e expansão de serviços que inevitavelmente aumentarão emissões.

No sul de Lima, comunidades pobres seguem crescendo com a migração interna.

Em casas improvisadas, sem saneamento ou conforto, famílias como a de Sofía mostram a contradição central do país: vivem de forma extremamente sustentável, mas não por escolha.

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Projeto Mejuruá

Amazônia, Brasil

O projeto Mejuruá é uma iniciativa importante que ajuda a conservar a floresta amazônica no Brasil.

Ele protege grandes áreas de floresta nativa, evitando o desmatamento e contribuindo para a captura de carbono.

Além disso o projeto gera créditos de carbono que podem ser vendidos para empresas interessadas em compensar suas emissões.