No dia 10 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou uma série de visitas à Amazônia para anunciar medidas emergenciais contra a seca e as queimadas que assolam a região.

Enfrentando desafios logísticos significativos, Lula pretende anunciar um crédito extraordinário para financiar uma operação cada vez mais custosa.

O crédito inclui o transporte de água, mantimentos e brigadistas para comunidades ribeirinhas e áreas remotas.

Desde junho, o governo tem mobilizado uma sala de situação com representantes de diversos ministérios para tentar conter as queimadas e mitigar os efeitos da seca.

No entanto, a situação se agravou a tal ponto que, durante o voo de Brasília a Manaus, Lula expressou preocupação ao ver, do avião, a fumaça que cobre a região.

O presidente também demonstrou temor em não conseguir visitar todas as comunidades afetadas devido à dificuldade de deslocamento.

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Ações do governo diante a crise na Amazônia

A crise é particularmente severa no estado do Amazonas, onde cerca de 400 comunidades estão isoladas e sem acesso à água potável devido à seca dos rios.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, classificou a situação como uma crise humanitária. Alertando que a falta de água, alimentos e medicamentos deve persistir até o final do ano, com chuvas suficientes previstas apenas para dezembro.

Inicialmente, o governo planejava reunir governadores no Palácio do Planalto, mas a gravidade da situação levou Lula a optar por visitar pessoalmente as áreas afetadas.

Enquanto o Amazonas sofre com a seca, estados como Mato Grosso e Tocantins enfrentam graves problemas com incêndios florestais. O presidente também deve regulamentar a Lei de Manejo Integrado do Fogo, visando uma resposta mais coordenada e eficaz às crises ambientais.

A logística de combate às queimadas e ao transporte de suprimentos é complexa e cara.

O governo está gastando cerca de R$ 10 milhões a cada duas semanas com a contratação de aviões particulares para conter o fogo, especialmente no Pantanal.

O envio de aeronaves para as regiões afetadas requer estudos prévios sobre locais de pouso e abastecimento, aumentando ainda mais o desafio logístico.

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Projetos que mitigam a crise climática: Projeto Mejuruá

Essas ações na Amazônia destacam a urgência de projetos como o Projeto Mejuruá, liderado pela BR ARBO.

O projeto Mejuruá busca mitigar os impactos das mudanças climáticas por meio da restauração florestal e da comercialização de créditos de carbono.

Iniciativas como esta são cruciais para preservar a biodiversidade da Amazônia e garantir um futuro sustentável para a região, alinhando esforços locais e globais no combate à crise climática.

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