Em agosto de 2024, a Frontier, uma iniciativa que une compradores para promover abordagens iniciais de remoção de carbono, divulgou o contrato que utiliza, oferecendo insights para acelerar negociações nesse emergente.
Fundada em 2022 pela Alphabet, McKinsey, Meta, Shopify e Stripe, a Frontier já comprometeu US$ 317 milhões para a compra futura de créditos de carbono.
Representando 571.776 toneladas métricas de dióxido de carbono removido.
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Desafios e Aprendizados na Remoção de Carbono
Diferente dos contratos tradicionais de compra de energia renovável, os acordos de remoção de carbono precisam lidar com incertezas e riscos tecnológicos inerentes às abordagens ainda em fase inicial.
Entre as melhores práticas compartilhadas, estão:
- a definição clara de preços e volumes,
- a elaboração de descrições detalhadas dos projetos
- a estipulação de cronogramas realistas para a entrega dos créditos de carbono.
A remoção de carbono é crucial para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius, conforme estipulado pelo Acordo de Paris.
O mercado, embora ainda pequeno, precisa crescer significativamente para atender à demanda das corporações que buscam neutralizar suas emissões.
A Microsoft, por exemplo, já assinou acordos para a compra de milhões de toneladas métricas de créditos de carbono, reforçando a importância deste mercado.
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Lições Aprendidas e aplicações em outros projetos: BR ARBO
A equipe da Frontier compartilhou três lições importantes:
- a necessidade de envolver advogados desde o início do processo,
- a importância de obter feedback dos parceiros financeiros
- a simplificação dos contratos.
Um exemplo disso foi a reescrita do contrato original, que reduziu os prazos de negociação de seis para dois meses.
Essa abordagem reflete a crescente necessidade de eficiência e clareza no mercado de créditos de carbono, algo que também pode beneficiar projetos como o Mejuruá.
O projeto da BR ARBO, visa a restauração de áreas degradadas na Amazônia por meio da venda de créditos de carbono.
O sucesso dessas iniciativas depende não apenas da tecnologia, mas também de contratos bem estruturados e adaptados às especificidades do setor.
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Por Ana Carolina Ávila