O Paraguai deu um passo importante no cenário internacional de créditos de carbono ao assinar um acordo de implementação com Cingapura.

Paraguai tem potencial para exportar entre US$ 250 e 500 milhões anuais em créditos de carbono

Segundo Rodrigo Maluff, vice-ministro de Comércio e Serviços o país tem potencial para exportar entre 250 e 500 milhões por ano em créditos, com base na captura de cerca de 5 milhões de toneladas de carbono por meio de projetos florestais.

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Maluff destacou que o acordo com Cingapura abre portas para um mercado exigente e de alta integridade, o que possibilita a comercialização dos créditos paraguaios a preços mais elevados.

Com o avanço de negociações com outros países, como Finlândia, Taiwan, Japão e Coreia do Sul, o valor total exportado pode crescer significativamente.

Esse movimento representa uma nova oportunidade econômica para o Paraguai, ao combinar sustentabilidade ambiental com geração de receita. A iniciativa se enquadra no Artigo 6.2 do Acordo de Paris, que permite a cooperação entre países para validação e comercialização de créditos de carbono de forma bilateral.

Kiantar Betancourt, CEO da Chaco Vivo, enfatizou a relevância do acordo, destacando que a entrada em um mercado como o de Cingapura exige alto padrão técnico e legal. Segundo ele o cumprimento desses requisitos aumenta a competitividade dos projetos paraguaios e garante preços mais justos pelos créditos gerados.

Betancourt também elogiou a atuação do Ministério da Indústria e Comércio na articulação do processo. Ele afirmou que, entre mais de 190 países que buscam exportar créditos de carbono, o Paraguai se posiciona como pioneiro ao concluir esse acordo.

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Projeto Mejuruá: Br Arbo

O Projeto Mejuruá tem uma missão de proteger a floresta amazônica e mostrar que a natureza preservada é muito importante. Ao evitar o desmatamento o projeto ajuda a manter o carbono preso nas árvores, o que é importante para evitar o aquecimento do planeta.

Com a venda de créditos de carbono, essa proteção vira uma forma prática de combater as mudanças climáticas. Ou seja, a floresta em pé passa a gerar benefícios reais para o meio ambiente.