A degradação contínua da Amazônia, que abrange uma área três vezes maior que o desmatamento, permanece como um desafio significativo, apesar dos esforços de fiscalização e combate às ilegalidades pelo governo federal desde o ano passado.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre março de 2023 e março de 2024, foram identificados alertas de degradação em uma área de 20,4 mil quilômetros quadrados. Um aumento em relação aos 18 mil quilômetros quadrados registrados no período anterior.

Embora ocorreu uma redução nos números de desmatamento, alertas de degradação aumentaram, destacando a urgência de medidas para reverter essa tendência.

Hoje a degradação da floresta Amazônica representa quase 163.000 km² desde 2016, quase três vezes mais do que a área desmatada detectada no mesmo período, que foi de cerca de 58.000 km²

Para mudar esse cenário, o combate à ilegalidade e a implementação de políticas públicas são fundamentais.

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Conforme destacado pelo secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, esse tem sido o foco do governo.

Contudo, essa questão apresenta alta complexidade que afeta os serviços ecossistêmicos da floresta de forma sutil e a longo prazo, o que representa um desafio adicional.

Segundo o pesquisador da UNICAMP, David Lapola, a degradação compromete as metas brasileiras para a estabilidade climática, pois afeta a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos da floresta.

Ao mesmo tempo que as paisagens da floresta são substituídas por outras, como pasto, a degradação transforma a floresta por dentro, alterando a estrutura e a composição das espécies.

A ecóloga Ima Célia Guimarães Vieira e o geógrafo José Maria Cardoso da Silva ressaltam a necessidade de políticas setoriais integradas para alcançar o objetivo de desmatamento e degradação zero na Amazônia.

Nesse sentindo, é preciso que o governo adote medidas mais eficazes para proteção da floresta Amazônica.

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Formas inovadoras de conservar a Amazônia

Para enfrentar essa problemática, pesquisas e projetos são desenvolvidos para preservar a floresta Amazônica.

Por exemplo, o projeto Mejuára, da BR ARBO, que protegerá a uma parte significativa da floresta e ajudará a comunidade local. 

Demonstrando como as iniciativas privadas estão à frente no combate pela proteção do ecossistema.

Por Ana Carolina Ávila