A COP16, sediada em Roma, realizou um acordo crucial para a preservação da biodiversidade, com a promessa de atrair novos recursos financeiros.
Em um cenário cada vez mais deficitário de financiamento verde, a Cop16, após três dias de negociações, firmou um acordo com os países envolvidos sobre o aumento do financiamento climático para a biodiversidade, incluindo a criação de um fundo direcionado unicamente para esse fim.
Apesar de não englobar todos os investimentos necessários para impulsionar a transição verde em países emergentes, que esperavam mais recursos, ainda é possível a cooperação entre nações para combater a crise ambiental.
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Susana Muhamad, ministra do Meio Ambiente da Colômbia, anunciou com entusiasmo a implementação do Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework, aprovado em 2022.
A iniciativa estabelece objetivos ousados, como a proteção de 30% das áreas terrestres e marítimas, já que a urgência pela preservação ainda persiste, e o aumento do financiamento para a biodiversidade para US$ 200 bilhões anuais até 2030.
Contudo, as negociações, na COP16 e ainda hoje, são marcadas por tensões entre países desenvolvidos e emergentes.
Países ricos querem explorar fontes alternativas de financiamento, como o setor privado, enquanto as nações em desenvolvimento insistem na criação de um fundo verde global direcionado.
Embora o acordo de Roma continue gerando benefícios ambientais, demonstrando o interesse dos países em colaborar com a sustentabilidade, ainda existem problemáticas que devem ser enfrentadas.
Por fim, decidiu-se adiar a criação do novo mecanismo financeiro para 2028, e os acordos de maior financiamento verde, como os US$ 20 bilhões em ajuda pública dos países ricos, ainda precisam ser cumpridas.
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Portanto, apesar do progresso, o caminho para garantir um futuro sustentável para o planeta continua repleto de desafios complexos.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi