A agricultura é sempre vista como uma fonte de emissões de gases de efeito estufa mas também possui um enorme potencial para ser parte da solução das mudanças climáticas

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A Agricultura sendo um pilar essencial
Segundo pesquisas as práticas agrícolas sustentáveis podem remover C02 da atmosfera e armazenar no solo e isso acaba permitindo que produtores rurais gerem e vendam créditos de carbono, inserindo a agricultura no mercado de compensações climáticas.
Esse conceito se apoia no modelo criado pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1992, que estabeleceu metas de redução de emissões para os países.
Para facilitar o cumprimento dessas metas, o acordo permitiu que emissões pudessem ser compensadas por meio da compra de créditos gerados por quem conseguiu reduzir além do exigido e é com base nesse sistema que a agricultura encontra sua oportunidade de contribuição e retorno econômico.
Práticas como plantio de culturas de cobertura, redução do preparo do solo e o uso de compostos orgânicos em vez de fertilizantes sintéticos ajudam a armazenar carbono no solo.
E muitos produtores já adotam essas estratégias, como fazendas familiares no sudoeste de Ontário, que vêm implementando técnicas sustentáveis há mais de uma década. Além de ajudar o clima, essas práticas também melhoram a saúde do solo e a produtividade das lavouras.
Setores como a produção de leite e a pecuária de corte no Canadá também estão se mobilizando. A indústria leiteira tem a meta de zerar suas emissões líquidas até 2050, enquanto programas como o Certified Sustainable Beef Framework avaliam e incentivam boas práticas ambientais.
Além disso, outras áreas do agronegócio, como vinícolas sustentáveis, mostram como é possível integrar produtividade, conservação e responsabilidade climática. Apesar dos avanços esse uso da agricultura no mercado de créditos de carbono ainda está em fase inicial e enfrenta desafios técnicos, regulatórios e financeiros.
A Federação de Agricultura de Ontário por exemplo lançou recentemente um guia para ajudar os agricultores a entenderem como participar desse mercado. Segundo eles o caminho ainda é longo mas com mais informação, apoio técnico e políticas adequadas esses agricultores poderão ser reconhecidos não só como produtores de alimentos mas também como agentes ativos na luta contra as mudanças climáticas.
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Br Arbo: Projeto de Carbono

A Br Arbo também é um agente de ativos na luta contra as mudanças climáticas. Ela tem um projeto chamado Projeto Mejuruá que fica localizado na Amazônia e é financiado pelo empresário italiano, Gaetano Buglisi. Esse projeto tem como principal pilar por meio da geração de créditos de carbono proteger a nossa floresta amazônica e promover uma economia mais verde por meio de ações e manejos sustentáveis.