Atualmente, o mercado de carbono na Indonésia está se tornando cada vez mais importante devido à grande preocupação com as mudanças climáticas e à abundante biodiversidade e recursos naturais do país.

A Indonésia, é um país com uma das maiores florestas e turfeiras. Dessa forma, desempenha um papel importante na mitigação das emissões de carbono e na promoção de soluções baseadas na natureza (NBS) para combater o aquecimento global.

A Bolsa de Valores de Carbono da Indonésia, ou Carbon Exchange, foi inaugurada em setembro de 2023 e marcou um marco significativo no desenvolvimento do mercado de carbono da nação.

Desde então, tem ajudado as transações de carbono, facilitando a negociação de créditos de carbono entre emissores licenciados e outros participantes do mercado.

Até fevereiro de 2024, o Carbon Exchange tinha 50 emissores licenciados com um valor total de IDR 31,36 bilhões e 501.910 toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) negociadas. Essas estatísticas mostram o aumento da atividade e do interesse no mercado de carbono da Indonésia.

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A Autoridade de Serviços Financeiros da Indonésia, ou OJK, é responsável pela supervisão e regulamentação do comércio de carbono na Indonésia. A OJK garante a integridade e transparência do mercado garantindo que todas as transações ocorram de acordo com padrões éticos e legais estabelecidos.

O reconhecimento oficial da importância do mercado de carbono para a economia e a política do país é demonstrado por sua licença comercial para operar na Bolsa de Valores de Carbono.

Além disso, os dados do mercado de carbono agora estão incluídos na visão financeira oficial regular da OJK. Isso demonstra o crescente reconhecimento da importância do carbono como um ativo financeiro importante.

Essa integração mostra uma mudança paradigmática na maneira como a economia e a legislação da Indonésia veem e tratam o carbono e o clima.

Por outro lado, a Indonésia, o Brasil e o Congo estão trabalhando juntos no mercado de créditos de carbono NBS.

Esses países estão cientes da importância das florestas em pé para a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, bem como para a possibilidade de ganhar dinheiro vendendo créditos de carbono.

 Essa colaboração enfatiza o papel cada vez maior das soluções baseadas na natureza na promoção do desenvolvimento sustentável e na mitigação das mudanças climáticas.

Em última análise, as florestas em pé têm um valor além dos aspectos financeiros. Elas são essenciais para a preservação da biodiversidade, a sustentabilidade das comunidades locais e a estabilidade do clima global.

Portanto, preservar e valorizar esses ecossistemas é essencial para o futuro não apenas da Indonésia, mas também para o bem-estar global.

O mercado de carbono está crescendo cada vez mais no mundo indicando como os países podem integrar o desenvolvimento econômico com suas metas ambientais ou climáticas.

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O mercado de carbono contribui para um futuro sustentável

Uma das metas mais importantes no combate à mudança climática é alcançar o estado de net zero, no qual as emissões de gases de efeito estufa são equilibradas pela remoção de uma quantidade equivalente de CO2 da atmosfera.

O projeto Mejurua da BR ARBO, liderado por Gaetano Buglisi, é um excelente exemplo de um projeto de créditos de carbono desempenha um papel importante nesse processo.

O objetivo deste projeto na Amazônia é preservar extensas florestas, evitar o desmatamento e incentivar a regeneração natural.

A transição global para uma economia de baixo carbono depende do mercado de carbono, que permite que empresas e países compensem suas emissões ao investir em projetos sustentáveis como o Mejuruá.

Esses créditos financiam iniciativas de preservação e regeneração florestal, contribuindo significativamente para a meta global de net zero e destacando a importância da conservação florestal como uma ferramenta eficaz para mitigação das mudanças climáticas.

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Por Ana Carolina Ávila