A startup britânica Bluemethane instalou sua primeira unidade de captura de metano em escala de produção em parceria com a ReGenEarth, numa usina de biogás.
A tecnologia visa recuperar o metano residual presente no digestato o lodo pós-processamento dos digestores anaeróbicos, que normalmente seria liberado na atmosfera e desperdiçando energia e contribuindo para as emissões.
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A CEO e cofundadora Louise Parlons Bentata explicou que a inovação usa separação física em um sistema compacto, dentro de um contêiner de 20 pés, para capturar esse gás.
O processo, segundo ela, simula a agitação de uma garrafa de refrigerante, utilizando turbulência e mudanças de pressão para separar o metano dissolvido.
O gás capturado, que contém metano e dióxido de carbono, pode ser reaproveitado, aumentando a eficiência energética da usina. Além disso, o sistema permite a recirculação do lodo, otimizando a produção.
O retorno sobre o investimento inclui maior geração de biogás, economia de matéria-prima e, potencialmente, a emissão de créditos de carbono evitado.
Apesar disso, Parlons Bentata destaca que a Bluemethane não está centrada no mercado de carbono. Embora reconheça que créditos de qualidade podem agregar valor, a empresa prefere focar em resultados mensuráveis e confiáveis.
“Se você depende apenas dos mercados de carbono, está em apuros”, afirmou. A abordagem da startup busca transparência e rastreabilidade, com a queima controlada do metano capturado em poucos dias.
A tecnologia da Bluemethane está sendo testada também pela Anglian Water, fornecedora de água e saneamento do Reino Unido.
A empresa instalou um segundo sistema para ajudar no cumprimento de metas ambientais rígidas, especialmente em relação à emissão de gases em estações de tratamento de esgoto. A solução se alinha a diretrizes ambientais do país, oferecendo uma forma eficaz de reduzir poluentes.
Além da captura em usinas de biogás, a Bluemethane desenvolve novas fontes de receita, como sistemas de medição de metano e projetos para desativação de microrganismos produtores de gás.
A startup trabalha com universidades e companhias de água para ampliar sua atuação.
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Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá no Amazonas, e é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi, com o objetivo de conservar a floresta e fortalecer a valorização dos conhecimentos tradicionais e incentiva práticas sustentáveis que geram renda sem destruir o meio ambiente.
Além de proteger a biodiversidade, o Mejuruá contribui para a captura de carbono, ajudando no combate às mudanças climáticas. A participação ativa das comunidades garante que os benefícios sejam distribuídos de forma justa, promovendo autonomia e desenvolvimento social aliado à conservação ambiental.