Mais de 100 autoridades nos estados dos EUA uniram forças para exigir o fim do crédito tributário 45Q, que incentiva projetos de captura e armazenamento de carbono .

Em carta conjunta ao Congresso, o grupo também se posicionou contra iniciativas federais que substituiriam o controle local sobre projetos de CO2, alegando que isso ameaça a soberania das comunidades afetadas.
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A carta expressa forte preocupação com tentativas do governo federal de contornar os processos de licenciamento estadual e comunitário, especialmente em regiões rurais.
“Essa demonstração flagrante de excesso de poder federal privaria as comunidades de seu direito de decidir sobre projetos que afetam sua terra, segurança e economia”, destacaram os signatários.
No centro das críticas está o crédito 45Q, que concede benefícios fiscais significativos a empresas que capturam e armazenam carbono.
As autoridades classificaram o programa como caro, ineficiente e arriscado para a saúde pública. Um relatório federal citado na carta aponta possíveis fraudes e um custo estimado de US$ 853 bilhões aos cofres públicos.
Os opositores também mencionaram um incidente ocorrido em 2020 no Mississippi, quando o rompimento de um oleoduto de CO₂ comprometeu veículos e dificultou a resposta de equipes de emergência, reforçando os riscos da infraestrutura de CCS.
Para os críticos, essa tecnologia ainda é imatura e apresenta falhas que não justificam o subsídio fiscal bilionário.
A mobilização ganha força com o apoio do deputado Scott Perry, da Pensilvânia, que apresentou em março de 2025 a Lei de Revogação 45Q, visando abolir o crédito.
Ao mesmo tempo, o Comitê de Finanças do Senado apresentou um rascunho de reforma dos incentivos fiscais ligados à transição energética, incluindo o 45Q. Apesar das críticas, o texto não elimina o crédito, mas restringe sua elegibilidade e iguala os pagamentos para utilização e armazenamento de CO₂.
O projeto propõe valores de US$ 85/tonelada para captura pontual e US$ 180 para captura direta do ar, sem reajustes pela inflação, o que tem gerado resistência da indústria.
Além disso, permite que empresas listadas tratem a captura de carbono como receita qualificada, ampliando seus incentivos fiscais.
O movimento para revogar ou reformar o 45Q revela o conflito entre política climática, controle local e responsabilidade fiscal que domina o atual debate energético nos EUA.
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Projeto Mejuruá

O Projeto Mejuruá fica na Amazônia e é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi. Seu objetivo é proteger a floresta e ao mesmo tempo. O projeto incentiva atividades sustentáveis, que ajudam a gerar renda para os moradores sem prejudicar o meio ambiente.
É uma forma de mostrar que é possível cuidar da natureza e melhorar a vida das pessoas. O projeto traz uma esperança real de um futuro mais verde e justo.