Em 2009, a Estratégia de Desenvolvimento de Baixo Carbono (LCDS) da Guiana, apresentou a ideia de que era possível crescer a economia e manter as florestas intactas.
A segunda fase desse LCDS, denominada LCDS 2030, prevê que para isso ocorrer deve acontecer o investimento em aldeias indígenas. Em 2022, o país entrou para o mercado voluntário de carbono. O Conselho Nacional Toshaos, recebe 15% de todos os fundos.
O Conselho Nacional Toshaos, que é composto por todos os Toshaos ou líderes de aldeia. Estima-se que em 2023 foram arrecadados 3,8 bilhões de dólares e que foram distribuídos a 232 aldeias indígenas.
Povo Kwatamang
Os indígenas Kwatamang usaram parte do dinheiro para asseguras a segurança alimentar, implementando projetos agrícolas na comunidade.
A exploração de mandioca, um dos alimentos mais consumidos pelos Kwatamang, é um dos focos desse projeto. A fazenda de mandioca de Kwatamang está a poucos quilômetros de área que eles residem. Parte de área foi desmatada para criar a produção, o que permitiu que surgissem empregos para os jovens da região.
Também existem algumas hortas auxiliares aos programas escolares e aos residentes do local. Eles planejam expandir sua produção para a criação de gado para abastecimento próprio e, de forma secundária, uma fonte de renda.
Os pagamentos que os Kwatamang receberam devem-se à iniciativa do governo para garantir benefícios económicos para a conservação das florestas tropicais que capturam e armazenam gases nocivos com efeito de estufa.
Toda atenção a essa causa deve-se a desastres ambientais que ocorreram nas florestas da Guiana.
O povo Kwatamang está familiarizado com incêndios e inundações que afetam as florestas próximas.
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Povo Fair View
O povo Fair View é considerado como o primeiro povo a habitar a Guiana há milhões de anos atrás. Eles são conhecidos como um dos pioneiros na utilização sustentável da floresta tropical e utilizam os pagamentos recebidos para continuar essa proteção.
Eles residem na floresta de Iwokrama, no centro da Guiana. O povo Fair View demonstra que é possível manter a floresta viva enquanto lucra com ela.
Em 2009, Fair View, Guiana e a Noruega assinaram um acordo de poupança florestal que foi o ponto alto da histórica primeira fase do LCDS. Eles demonstram serem um dos principais aliados do governo para manter a floresta viva.
O dinheiro recebido foi gasto no concerto de um caminhão, utilizado para transportar itens de projetos da aldeia, um microônibus para as crianças irem à escola.
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Povo Toka
A região Norte de Rupununi conta com fortes secas que comprometem o abastecimento de água para o povo de Toka. Assim, eles adquiriram um mini escavadeira que permite escavar áreas de capacitação de águas, para manter os projetos agrícolas.
A escavadeira é utilizada por outras comunidades que passam por problemas relacionados a falta de água.
Créditos de carbono protegem as comunidades locais
Assim como as LCDS utilizam o mercado de créditos de carbono para proteger as florestas e comunidade locais da Guina.
O projeto da BR ABRO, liderado pelo empresário italiano Gaetano Buglisi, visa proteger a Amazônia através de créditos de carbono.
Por Ana Carolina Ávila