Um estudo recente publicado no periódico One Earth revela que mais de 40% das terras nos nove países que abrangem a Amazônia estão sob algum tipo de gestão conservacionista.

Superando os 28% relatados oficialmente.

Essa descoberta destaca o papel crucial dos povos indígenas e comunidades locais na preservação da Amazônia.

Com territórios indígenas cobrindo 16% da área total e áreas de conservação comunitária representando outros 3,5%.

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Metodologia e Descobertas sobre a conservação da Amazônia

Os autores do estudo adotaram uma abordagem abrangente.

Incorporando informações de artigos científicos, documentos legais e conhecimento local para identificar terras geridas por povos indígenas, áreas de gestão comunitária e programas de pagamento por serviços ecossistêmicos.

Este método oferece uma visão mais completa dos esforços de conservação, comparado aos sistemas de rastreamento atuais.

O estudo enfatiza que os povos indígenas desempenham um papel vital na conservação, especialmente quando possuem direitos territoriais robustos.

Reservas de uso sustentável e florestas comunitárias também são importantes para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e subsistência sustentável.

Territórios indígenas enfrentam ameaças como desmatamento, mineração e expansão agrícola, além da falta de reconhecimento legal dos direitos à terra.

Apesar das áreas conservadas, a Amazônia continua sob risco devido ao desmatamento, incêndios e mudanças climáticas.

A meta global de proteger 30% da terra e água até 2030, conhecida como “30×30”, pode ser insuficiente para ecossistemas críticos como a Amazônia.

Especialistas sugerem a proteção de até 80% da floresta até 2050.

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Caminhos para o Futuro

Os autores recomendam melhorar as estruturas de governança, monitoramento da biodiversidade e financiamento para fortalecer áreas já conservadas.

Envolver mais as comunidades locais nos esforços de conservação é crucial para aumentar a eficácia dessas iniciativas.

Eddy Mendoza, um coautor do estudo, enfatiza a importância de financiar diferentes tipos de áreas de conservação, especialmente aquelas que envolvem comunidades locais.

Para planejar efetivamente a conservação futura, é fundamental entender as áreas já existentes e como elas são governadas.

A abordagem de inventário proposta pelos autores oferece um ponto de partida para esses esforços.

Visando um planejamento mais justo e eficaz para a conservação da Amazônia e a preservação da biodiversidade global.

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Iniciativa BR ARBO

A BR ARBO, uma empresa brasileira, está alinhada com esses esforços ao atuar no mercado de créditos de carbono.

Fornecendo incentivos financeiros para a preservação das florestas na Amazônia.

A empresa se dedica a desenvolver projetos de conservação e reflorestamento.

Colaborando diretamente com comunidades locais e indígenas para promover práticas sustentáveis e garantir a proteção de grandes áreas de floresta.

Essas iniciativas são fundamentais para aumentar a conservação da Amazônia e alcançar metas climáticas globais.

Por Ana Carolina Ávila