O uso de tecnologias no sensoriamento remoto tem grande potencial para medir e verificar projetos de remoção de carbono.
Um relatório encomendado pela Meta a empresa Carbon Direct destaca que o sensoriamento remoto pode trazer mais precisão ao monitoramento florestal.
No entanto, a falta de liderança e de padronização ainda limita a adoção dessas ferramentas.
Segundo o IPCC, projetos de remoção de carbono são inevitáveis para atingir o objetivo de emissões líquidas zero.
Porém o mercado de créditos vem enfrentando críticas. Investigações recentes mostraram que grande parte das compensações florestais da certificadora Verra não geraram benefícios reais.
Estudos também apontaram falhas em projetos de conservação na Amazônia, ligados até ao desmatamento ilegal.
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Mesmo diante das críticas, a União Europeia anunciou em julho que os créditos de carbono farão parte de sua estratégia para cumprir as metas climáticas de 2040.
Isso aumenta a pressão para que as soluções sejam confiáveis e comprovem reduções reais de emissões.
De acordo com a Carbon Direct, tecnologias como drones e aviões equipados com LiDAR, combinadas a medições no solo e softwares avançados, permitem mapear com maior precisão a altura das árvores e o carbono armazenado.
Apesar do avanço, o setor ainda carece de infraestrutura e governança.
O relatório mostra que, entre os quase 40 entrevistados, há consenso sobre a necessidade de criar padrões claros para medição, monitoramento, relatórios e verificação.
A expectativa é que a colaboração entre governos, empresas e certificadoras acelere esse processo.
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Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá é uma iniciativa voltada proteção da floresta amazônica por meio da geração de créditos de carbono por meio da conservação ambiental.
Esse projeto conta com investimentos privados e é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi.
A proposta busca manter a vegetação nativa ajudando a combater o desmatamento e a preservar a biodiversidade local.