A seca na Amazônia de 2023, considerada a pior da história do clima, chamou a atenção em uma entrevista no programa Tarde Nacional – Amazônia.

No programa, José Antonio Marengo, coordenador geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), falou sobre a relação entre esses eventos climáticos e as mudanças climáticas globais

Nos últimos anos, nota-se um aumento significativo no número e na gravidade de eventos climáticos extremos em todo o mundo.

Os efeitos das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais evidentes e impactantes, desde secas devastadoras até chuvas torrenciais que causam inundações catastróficas. A adaptação e a ação do governo baseada na ciência são necessárias nesse contexto.

Marengo afirma que a seca de 2023 teve um efeito devastador na região amazônica, como demonstra o baixo nível do Rio Negro e a morte de peixes e botos.

Essa situação preocupante demonstrou que precisamos entender melhor como as mudanças climáticas estão impactando os eventos extremos e os padrões climáticos em todo o mundo.

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Mudanças climáticas tornam desastres mais recorrentes

O especialista esclareceu que isso não se limita à seca na Amazônia, mas também às chuvas torrenciais que causaram enchentes no sul do Brasil.

As mudanças climáticas globais, que estão aumentando a frequência e a intensidade desses eventos extremos, estão intrinsecamente ligadas a ambos os fenômenos. Diante desse cenário, as cidades e as populações devem estar preparadas para enfrentar esses obstáculos.

Marengo enfatizou que os governos de todo o mundo devem seguir a ciência e se comportar de acordo com ela.

Isso significa fazer políticas públicas baseadas em evidências científicas e investir em infraestrutura robusta que possa reduzir os efeitos dos fenômenos meteorológicos extremos.

Além disso, para mobilizar a sociedade para agir, é essencial aumentar a conscientização pública sobre as mudanças climáticas e suas consequências.

O especialista enfatizou que a adaptação às mudanças climáticas é uma necessidade urgente e não apenas uma opção.

As cidades e as populações precisam estar preparadas para lidar com esses desafios e minimizar seus efeitos à medida que os eventos climáticos extremos se tornam mais comuns e intensos. Isso inclui a criação de planos de emergência eficazes e a execução de ações para mitigação de desastres.

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A gravidade das mudanças climáticas

A entrevista de José Antonio Marengo enfatiza o quanto é importante reconhecer a gravidade das mudanças climáticas e agir com base na ciência para enfrentar esse desafio global.

A adaptação e a resiliência são mais importantes do que nunca para as comunidades em todo o mundo à medida que continuamos a enfrentar eventos climáticos extremos.

Hoje, existem várias ferramentas que permitem diminuir as emissões de gases efeito estufa, os quais, em maioria, causam esses fenômenos.

Os créditos de carbono são uma opção, uma vez que eles incentivam as pessoas a criarem projetos de baixa emissão.

Por Ana Carolina Ávila