BNDES debate economia verde, crise climática e segurança alimentar
BNDES debate economia verde, crise climática e segurança alimentar

O evento States of the Future teve início na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. Em parceria com os Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das Relações Exteriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC),foi organizado o evento e ele seguiu paralelamente ao G20. Seu objetivo foi debater um modelo de Estado para promover o desenvolvimento sustentável e socialmente justo.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, em sua apresentação fez um panorama da economia global e destacou como urgência a adoção de novas políticas públicas, tendo em vista, a calamidade climatica que o Brasil enfrenta. Disse em seu discurso que o Estado é o principal ator, para construir um futuro sustentável, e não pode ser não agir. A participação ativa de politicas publicas na regulação do mercado foi defendida.

Nesse contexto, ao falar de clima o presidente citou como destaque a importância do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, que hoje desempenha um papel fundamental nos alertas e na preparação do país para desastres naturais.

“Quero destacar alguns pontos neste seminário. Primeiro, o Estado para construir um novo futuro não pode ser estado ruim. O Consenso de Washington trouxe sequelas muito severas para a América Latina e para o Brasil. Não é mais consenso nem em Washington, nem em Chicago. A Prefeitura de Chicago tem feito uma série de estímulos para atrair investimentos, subsídios, rompendo com a ideia de que o mercado, por si só, organiza a sociedade e não precisa da participação e regulação de políticas públicas, de indução ao desenvolvimento.  Então, esse estado necessário, com ações estratégicas, que impulsionem e mobilizem as instituições para atingir missões relevantes e decisivas, tem, diante de si, um gigantesco desafio neste momento da história da humanidade”, declarou Aloizio.

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Mercado de Carbono: Desafios e Oportunidades para a Sustentabilidade

O presidente destacou o desafio da regulação do mercado de carbono, especialmente em relação à Amazônia, que possui 25% da cobertura florestal global. Ademais, foi sucinto ao criticar propostas que não atribuem um valor relevante às florestas nativas nesse mercado e defendeu uma visão mais generosa e global para viabilizar iniciativas como o Arco da Restauração e Floresta Viva. Mercadante também ressaltou a importância de novos instrumentos, como o Fundo Amazônia e o Fundo Clima, que têm alcançado recordes de desembolsos.

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BR ARBO: Impulsionando a Sustentabilidade e o Mercado de Carbono no Brasil

Projetos Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem metas sustentáveis e contribuem para o mercado de créditos de carbono global, ao preservar ecossistemas e beneficiar tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.